Poroshenko promete retorno da Crimeia à Ucrânia
Presidente classificou como "ato cínico destinado à tomada violenta da Crimeia, parte inseparável do Estado ucraniano" o processo de divisão ocorrido em 2014
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 09h57.
Kiev - O presidente da Ucrânia , Petro Poroshenko, prometeu nesta segunda-feira o retorno da península da Crimeia , anexada pela Rússia em março de 2014 após um plebiscito criticado pela comunidade internacional.
"O Estado ucraniano restabelecerá o controle sobre o território provisoriamente ocupado. Mas não vou dizer hoje que isto ocorrerá fácil e rapidamente", disse Poroshenko, segundo informa a presidência ucraniana em seu site.
Poroshenko classificou como "ato cínico destinado à tomada violenta da Crimeia, parte inseparável do Estado ucraniano" o processo de divisão que começou no fim de fevereiro de 2014, quando as autoridades crimeanas renunciaram à subordinação a Kiev e convocaram um plebiscito de reunificação com a Rússia.
"O Estado ucraniano não reconhecerá, em hipótese alguma, os resultados dessa medida sem valor, adotada contra a lei internacional e a legislação nacional", ressaltou.
O líder ucraniano enfatizou que o plebiscito, no qual mais de 96% dos crimeanos votou a favor de da união com a Rússia, foi "uma farsa planejada para encobrir a agressão russa contra a Ucrânia".
Poroshenko lembrou que os ucranianos e tártaros da Crimeia, que representavam pouco mais de um terço da população do território contra 62% de russos, boicotaram o plebiscito e mantiveram a lealdade a Kiev.
Segundo o presidente, "a Ucrânia nunca renunciará aos direitos soberanos sobre a Crimeia", e ressaltou que Kiev conta com "o respaldo total" da comunidade internacional.
Poroshenko prometeu que, quando a Crimeia for ucraniana novamente, serão garantidos os direitos e interesses da população original da península, em alusão à minoria tártara, e de todos os habitantes, "independentemente da etnia, do idioma e da religião".
Embora tenha negado em princípio, o presidente russo, Vladimir Putin, admitiu posteriormente a mobilização de tropas russas na Crimeia para bloquear as unidades militares ucranianas e garantir o direito dos habitantes da península a expressar livremente sua vontade em um plebiscito.
Recentemente, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou que a anexação russa da Crimeia está em consonância com a carta de fundação das Nações Unidas, argumento que foi alvo de críticas na conferência de segurança realizada no início de fevereiro, em Munique.
Kiev - O presidente da Ucrânia , Petro Poroshenko, prometeu nesta segunda-feira o retorno da península da Crimeia , anexada pela Rússia em março de 2014 após um plebiscito criticado pela comunidade internacional.
"O Estado ucraniano restabelecerá o controle sobre o território provisoriamente ocupado. Mas não vou dizer hoje que isto ocorrerá fácil e rapidamente", disse Poroshenko, segundo informa a presidência ucraniana em seu site.
Poroshenko classificou como "ato cínico destinado à tomada violenta da Crimeia, parte inseparável do Estado ucraniano" o processo de divisão que começou no fim de fevereiro de 2014, quando as autoridades crimeanas renunciaram à subordinação a Kiev e convocaram um plebiscito de reunificação com a Rússia.
"O Estado ucraniano não reconhecerá, em hipótese alguma, os resultados dessa medida sem valor, adotada contra a lei internacional e a legislação nacional", ressaltou.
O líder ucraniano enfatizou que o plebiscito, no qual mais de 96% dos crimeanos votou a favor de da união com a Rússia, foi "uma farsa planejada para encobrir a agressão russa contra a Ucrânia".
Poroshenko lembrou que os ucranianos e tártaros da Crimeia, que representavam pouco mais de um terço da população do território contra 62% de russos, boicotaram o plebiscito e mantiveram a lealdade a Kiev.
Segundo o presidente, "a Ucrânia nunca renunciará aos direitos soberanos sobre a Crimeia", e ressaltou que Kiev conta com "o respaldo total" da comunidade internacional.
Poroshenko prometeu que, quando a Crimeia for ucraniana novamente, serão garantidos os direitos e interesses da população original da península, em alusão à minoria tártara, e de todos os habitantes, "independentemente da etnia, do idioma e da religião".
Embora tenha negado em princípio, o presidente russo, Vladimir Putin, admitiu posteriormente a mobilização de tropas russas na Crimeia para bloquear as unidades militares ucranianas e garantir o direito dos habitantes da península a expressar livremente sua vontade em um plebiscito.
Recentemente, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou que a anexação russa da Crimeia está em consonância com a carta de fundação das Nações Unidas, argumento que foi alvo de críticas na conferência de segurança realizada no início de fevereiro, em Munique.