Exame Logo

Policiais e manifestantes se enfrentam em Hong Kong

Dezenas de policiais do Batalhão de Choque cercaram cerca de 100 ativistas reunidos na entrada de túnel, segundo imagens transmitidas por emissora de televisão

Policial imobiliza manifestante: testemunhas relataram que polícia usou gás lacrimogêneo (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 19h26.

Os manifestantes pró-democracia enfrentaram a polícia nesta terça-feira, em Hong Kong , quando as forças de segurança tentaram expulsar as pessoas que ocupavam um túnel e uma grande avenida da região administrativa.

Dezenas de policiais do Batalhão de Choque cercaram cerca de 100 ativistas reunidos na entrada de um túnel, segundo imagens transmitidas por uma emissora de televisão.

De acordo com o jornal "South China Morning Post", alguns manifestantes foram agredidos. Testemunhas relataram à AFP que a polícia usou gás lacrimogêneo na operação.

Os militantes também disseram que haviam decidido ocupar essa área depois de terem sido retirados de outra importante via por policiais.

"O governo se recusa a falar com a gente, então, vamos continuar ocupando as ruas até que tenhamos um verdadeiro diálogo", declarou Jeff Wong, de 30 anos.

Quando a polícia se retirava, os manifestantes começaram a colocar barreiras metálicas na entrada do túnel, bloqueando o tráfego.

Os manifestantes desafiam a tutela chinesa e exigem liberdade para escolher livremente o próximo chefe do Executivo de Hong Kong nas eleições de 2017. Pequim se opõe à reivindicação, temendo um efeito dominó em outros territórios conflituosos.

Moradores revoltados com os protestos

O bloqueio de ruas e avenidas importantes transformou em caos a rotina neste território semiautônomo, no extremo-sul da China.

No início, a agora chamada "Revolução dos Guarda-chuvas, deflagrada em 28 de setembro, contava com a simpatia da população. Com os contínuos engarrafamentos e com o fechamento de lojas e escolas, o movimento começou a perder apoio.

Nos últimos dias, multiplicaram-se os confrontos entre manifestantes e indivíduos que seriam da máfia chinesa. Estes estariam agindo com o incentivo das autoridades do governo central de Pequim. Diante disso, os atos estão perdendo intensidade.

Na segunda-feira, a polícia começou a desmontar as principais barreiras no bairro de Admiralty. Embora os manifestantes tenham tentado reerguê-las nesta terça, os carros já haviam tomado o lugar dos guarda-chuvas na avenida Queensway.

Os manifestantes não apresentaram resistência à polícia.

"Vamos embora, porque não temos meios para resistir. Mas não abandonaremos nossa luta", prometeu uma jovem, aos prantos.

Uma pesquisa publicada nesta terça-feira pela Universidade de Hong Kong mostrou que o índice de popularidade do chefe do Executivo local, Leung Chun-ying, caiu 2,6% desde o final de setembro, chegando a 40,6%. Esse é o segundo percentual mais baixo de aprovação desde que chegou ao poder, em 2012.

"O movimento Occupy não se renderá, enquanto Leung não nos oferecer uma solução", garantiu Alex Chow, um dos líderes do protesto que também reivindica a renúncia de Chun-ying.

Veja também

Os manifestantes pró-democracia enfrentaram a polícia nesta terça-feira, em Hong Kong , quando as forças de segurança tentaram expulsar as pessoas que ocupavam um túnel e uma grande avenida da região administrativa.

Dezenas de policiais do Batalhão de Choque cercaram cerca de 100 ativistas reunidos na entrada de um túnel, segundo imagens transmitidas por uma emissora de televisão.

De acordo com o jornal "South China Morning Post", alguns manifestantes foram agredidos. Testemunhas relataram à AFP que a polícia usou gás lacrimogêneo na operação.

Os militantes também disseram que haviam decidido ocupar essa área depois de terem sido retirados de outra importante via por policiais.

"O governo se recusa a falar com a gente, então, vamos continuar ocupando as ruas até que tenhamos um verdadeiro diálogo", declarou Jeff Wong, de 30 anos.

Quando a polícia se retirava, os manifestantes começaram a colocar barreiras metálicas na entrada do túnel, bloqueando o tráfego.

Os manifestantes desafiam a tutela chinesa e exigem liberdade para escolher livremente o próximo chefe do Executivo de Hong Kong nas eleições de 2017. Pequim se opõe à reivindicação, temendo um efeito dominó em outros territórios conflituosos.

Moradores revoltados com os protestos

O bloqueio de ruas e avenidas importantes transformou em caos a rotina neste território semiautônomo, no extremo-sul da China.

No início, a agora chamada "Revolução dos Guarda-chuvas, deflagrada em 28 de setembro, contava com a simpatia da população. Com os contínuos engarrafamentos e com o fechamento de lojas e escolas, o movimento começou a perder apoio.

Nos últimos dias, multiplicaram-se os confrontos entre manifestantes e indivíduos que seriam da máfia chinesa. Estes estariam agindo com o incentivo das autoridades do governo central de Pequim. Diante disso, os atos estão perdendo intensidade.

Na segunda-feira, a polícia começou a desmontar as principais barreiras no bairro de Admiralty. Embora os manifestantes tenham tentado reerguê-las nesta terça, os carros já haviam tomado o lugar dos guarda-chuvas na avenida Queensway.

Os manifestantes não apresentaram resistência à polícia.

"Vamos embora, porque não temos meios para resistir. Mas não abandonaremos nossa luta", prometeu uma jovem, aos prantos.

Uma pesquisa publicada nesta terça-feira pela Universidade de Hong Kong mostrou que o índice de popularidade do chefe do Executivo local, Leung Chun-ying, caiu 2,6% desde o final de setembro, chegando a 40,6%. Esse é o segundo percentual mais baixo de aprovação desde que chegou ao poder, em 2012.

"O movimento Occupy não se renderá, enquanto Leung não nos oferecer uma solução", garantiu Alex Chow, um dos líderes do protesto que também reivindica a renúncia de Chun-ying.

Acompanhe tudo sobre:DemocraciaHong KongMetrópoles globaisProtestosProtestos no mundoViolência política

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame