Protestos na Venezuela: a PNB usou bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 6 de abril de 2017 às 16h49.
Caracas - A Polícia Nacional Bolivariana (PNB) dispersou nesta quinta-feira uma passeata opositora em Caracas que pretendia chegar até a Defensoria Pública para pedir seu respaldo ao processo iniciado pelo parlamento contra sete magistrados do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).
Segundo constatou a Agência Efe, a PNB usou bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água na estrada Francisco Fajardo, a principal artéria viária de Caracas, para tentar conter esta manifestação que vinha do leste da capital venezuelana e na qual participavam milhares de opositores.
A Agência Efe constatou que, no meio da aglomeração, os negócios mais próximos a esta via fecharam suas portas.
O duas vezes candidato à presidência da Venezuela, Henrique Capriles, afirmou na rede social Periscope que, perante o impedimento dos corpos de segurança, a marcha foi desviada para a principal avenida de Caracas, a Libertador.
O também governador do estado de Miranda declarou que o governo de Nicolás Maduro espalhou "centenas" de policiais por Caracas e "milhares" em toda a Venezuela para impedir os protestos.
O parlamento venezuelano, por sua parte, afirmou em seu conta no Twitter que a Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e a PNB "reprimem" os deputados opositores e a "sociedade civil".
Em paralelo, milhares de simpatizantes do governo se mobilizaram, também em Caracas e sem contratempos, em rejeição ao que consideram um "golpe parlamentar" por parte da Assembleia Nacional.