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Polícia russa detém mais de 80 pessoas no centro de Moscou

O líder do movimento radical "Artpodgotovka" Viacheslav Maltsev, fugido da Rússia, ameaçou iniciar uma revolução pacífica em 5 de novembro.

Policiais prendem homem em Moscou, Rússia: operação policial contra "Artpodgotovka" começou na sexta-feira (Tatyana Makeyeva/Reuters)
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EFE

Publicado em 5 de novembro de 2017 às 12h06.

Moscou - A polícia russa deteve mais de 80 pessoas no centro de Moscou, no que parece se tratar de uma operação policial contra ativistas do movimento radical "Artpodgotovka", cujo líder Viacheslav Maltsev, fugido da Rússia, ameaçou iniciar uma revolução pacífica em 5 de novembro.

Os dados atualizados sobre as detenções na praça moscovita Manezh, diante do muro do Kremlin, foram divulgadas pela "OVD-Info", um meio de comunicação especializado em acompanhar as perseguições políticas na Rússia. A ONG "Rússia Aberta", no entanto, informou sobre 20 detidos.

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Também ocorreram algumas detenções nas cidades de São Petersburgo (2) e Krasnoyarsk (4), segundo vários veículos de imprensa russos.

A operação policial contra "Artpodgotovka" começou na sexta-feira, quando agentes do Ministério de Interior e do Serviço Federal de Segurança (FSB, antiga KGB) detiveram vários membros do movimento liderado por Maltsev.

O FSB informou que o grupo preparava ações violentas e desordens públicas para este domingo, quando faltam apenas dois dias para a comemoração dos cem anos desde a Revolução Bolchevique.

Os serviços de inteligência russos também acusaram a "Artpodgotovka" de querer incendiar vários edifícios administrativos de Moscou.

Maltsev chamou seus partidários a sair às ruas de todas as cidades da Rússia para permanecer de pé até que o presidente russo, Vladimir Putin, apresente sua renúncia.

No sábado, também foram detidos pelo menos 30 ultranacionalistas durante a chamada Marcha Russa convocada em um periférico bairro da capital russa.

Pouco antes, Ivan Beletski, copresidente do Partido dos Nacionalistas, e Yuri Gorski, ativista do movimento Nova Oposição - ambas organizações convocantes dessa manifestação - denunciaram que os seus domicílios foram revistados pela polícia.

Os dois líderes, investigados por extremismo, também fugiram ao exterior.

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