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Polícia Federal faz operação no Turismo e Dilma convoca reunião

Presidente diz estar está surpresa com a operação da polícia e convocou reunião no Palácio da Alvorada

Polícia Federal investiga desvio de recursos do ministério por meio de emendas parlamentares (Roberto Stuckert Filho/PR)

Polícia Federal investiga desvio de recursos do ministério por meio de emendas parlamentares (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2011 às 16h32.

Brasília - Surpresa com a operação da Polícia Federal no Ministério do Turismo, a presidente Dilma Rousseff convocou para esta terça-feira um almoço no Palácio do Alvorada para tratar da questão com os ministros mais próximos.

Segundo um ministro ouvido pela Reuters, a presidente ficou "surpresa" ao saber da operação Voucher, da Polícia Federal, que resultou na prisão do secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Frederico Silva da Costa, e do secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins, filiado ao PMDB.

A Polícia Federal investiga desvio de recursos da pasta por meio de emendas parlamentares e cumpre 19 mandatos de prisão preventiva, 19 de prisão temporária e 7 de busca e apreensão em São Paulo, Amapá e no Distrito Federal.

O ministro do Turismo Pedro Novais conversou com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e se colocou à disposição para prestar as explicações necessárias.

Por meio da assessoria, Gleisi informou que "não há nada que afete o ministro e ele está junto com o governo buscando informações".

Esse é mais recente escândalo que atinge um ministério do governo Dilma. Denúncias envolvendo a pasta dos Transportes levaram à saída do então ministro Alfredo Nascimento, e acusações de corrupção têm atingido o Ministério da Agricultura, derrubando o secretário-executivo da pasta, Milton Ortolan.

O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), se irritou com o procedimento da Polícia Federal e disse que a Justiça cometeu "um abuso" ao acatar o pedido de prisão de Martins.

Em defesa do aliado, Alves argumentou que o convênio que é alvo de investigação da PF foi assinado em 2009, que não teria sido alvo de investigação da Controladoria-Geral da União (CGU), e que Colbert estava há seis meses na pasta.

"Colbert deu andamento ao que foi aprovado. Está preso o rapaz. É um Estado democrático, não pode ser assim, não foi ouvido, não foi chamado, nunca foi questionado e de repente seus familiares vendo ele preso. A Polícia Federal está cumprindo ordem judicial e acho que o abuso aconteceu aí", disse.

A PF concede entrevista coletiva na tarde desta terça-feira para detalhar a operação.

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