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Polícia cumpre mandado de busca e apreensão na casa de Fillon

Fillon anunciou ontem que foi convocado para depor sobre seu provável indiciamento, mas reiterou sua intenção de não abandonar a corrida presidencial

François Fillon: ele é investigado por suspeitas sobre desvio de fundos públicos, tráfico de influência e ocultação de atividades (Christian Hartmann/Reuters)

François Fillon: ele é investigado por suspeitas sobre desvio de fundos públicos, tráfico de influência e ocultação de atividades (Christian Hartmann/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de março de 2017 às 16h21.

Paris - O domicílio do candidato conservador à presidência da França, François Fillon, foi revistado nesta quinta-feira por agentes do Escritório Central de Luta contra a Corrupção e as Infrações Financeiras e Fiscais (OCLICIFF).

O cumprimento do mandado de busca e apreensão no imóvel no distrito VII de Paris aconteceu a pedido dos três juízes de instrução designados em 24 de fevereiro para investigar as suspeitas sobre desvio de fundos públicos, tráfico de influência e ocultação de atividades, segundo o jornal "Le Parisien".

Fillon anunciou ontem que foi convocado para depor no próximo dia 15 de março sobre seu provável indiciamento, mas reiterou sua intenção de não abandonar a corrida ao Palácio do Eliseu.

O anúncio suscitou uma onda de deserções em seu próprio entorno, no qual alguns lhe criticam por não poder centrar todas suas energias na campanha ou por não ter cumprido sua promessa de renunciar caso fosse acusado.

Entre eles se encontram o responsável de Assuntos Internacionais e Europeus de sua campanha, o ex-ministro Bruno Le Maire, e o partido centrista União Democrata Independente (UDI), que suspendeu sua participação na mesma.

Junto a deputados próximos ao ex-presidente Nicolas Sarkozy e ao ex-primeiro-ministro Alain Juppé, ex-rivais de Fillon nas primárias, 20 prefeitos dos Republicanos (LR) e da UDI assinaram hoje um manifesto no qual lhe pediram de forma "solene" que se retire se for indiciado.

Pouco antes de uma reunião pública em Nîmes, no sul do país, Fillon reiterou hoje que conserva o apoio das bases, e uma de suas porta-vozes, Valérie Boyer, destacou que sua renúncia não é possível "porque não há um plano B".

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