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Polícia boliviana confisca 2 toneladas de urânio em edifício

Pérez disse que ''na Bolívia não se produz urânio'', por isso se presume que a carga ''estaria em trânsito'' para algum país da Europa


	Vista de La Paz: a intervenção foi o resultado de uma investigação que durou um mês e meio
 (Wikimedia Commons)

Vista de La Paz: a intervenção foi o resultado de uma investigação que durou um mês e meio (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2012 às 21h23.

La Paz, - A Polícia boliviana confiscou nesta terça-feira duas toneladas de urânio armazenadas na garagem de um edifício no centro de La Paz, próximo das embaixadas dos Estados Unidos, da Espanha e de outras nações.

Os agentes de uma tropa de elite detiveram quatro pessoas, todas bolivianas, quando estas transferiam sem medidas de segurança o urânio de um veículo para o outro, informou o vice-ministro de Regime Interior, Jorge Pérez.

Pérez disse que ''na Bolívia não se produz urânio'', por isso se presume que a carga ''estaria em trânsito'' para algum país da Europa, tendo como possíveis países de origem o Brasil ou o Chile.

O vice-ministro afirmou que chama a atenção o fato de ter sido encontrada tal quantidade de urânio na garagem de um edifício em uma área tão central de La Paz, por conta dos perigos que a radiação pode causar.

As autoridades, os agentes e vários jornalistas permaneceram durante muito tempo em frente à garagem onde ocorria a operação policial, até que os especialistas recomendaram o afastamento de 50 metros por razões de segurança.

O comandante do grupo que fez a operação, o coronel Eddy Torrez, confirmou que a intervenção foi o resultado de uma investigação que durou um mês e meio, porque havia a informação de que poderia ser feita nesta terça-feira uma transação de venda de urânio.

Um dos detidos é um engenheiro que, segundo Pérez, alegou que só era depositário do urânio que haviam deixado lá há algum tempo, mas não deu detalhes de quem era o proprietário da carga.

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