Polícia afegã detém motorista de ambulância utilizada em ataque
As autoridades afegãs suspeitam agora que o motorista da primeira ambulância ajudou os terroristas a passarem pelo ponto de controle
EFE
Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 17h22.
Cabul - As forças de segurança do Afeganistão detiveram nesta segunda-feira um motorista de ambulância por suspeita de cumplicidade com os autores do atentado cometido no sábado pelos talibãs em Cabul, que causou mais de 100 mortos, informaram à Agência Efe fontes oficiais.
O porta-voz da polícia da capital afegã, Basir Mujahid, garantiu para a Agência Efe que o motorista foi detido nesta segunda-feira em Cabul sob a suspeita de que ele "teria ajudado os terroristas a passarem com uma ambulância cheia de explosivos pelo ponto de controle".
Os vídeos de segurança mostram que, 20 minutos antes do ataque de sábado, duas ambulâncias se dirigiram juntas para um ponto de controle, a primeira delas conduzida pelo detido e a segunda lotada com explosivos, segundo o Ministério do Interior.
O primeiro veículo foi revistado durante mais de um minuto e depois foi permitida a sua passagem, enquanto a segunda ambulância passou sem ser revistada, assumindo que os dois veículos transportavam pacientes para o hospital Jamhoriat, situado na região.
As autoridades afegãs suspeitam agora que o motorista da primeira ambulância ajudou os terroristas a passarem pelo ponto de controle.
O detido e a ambulância que ele conduzia no dia do atentado foram entregues ao Diretório Nacional de Segurança (NDS, na sigla em inglês), a principal agência de inteligência do país, para seguir com as investigações do ataque, que também deixou 235 pessoas feridas, segundo Mujahid.
Além do ataque de sábado, outros três atentados sacudiram o Afeganistão esta semana e resultaram na morte de quase 140 pessoas.
Hoje, um ataque suicida contra uma unidade militar em Cabul, cuja autoria foi reivindicada pelo Estado Islâmico, causou 15 mortes, entre elas 11 soldados e quatro insurgentes.
Dos quatro ataques ocorrido no país na última semana, dois foram reivindicados pelos talibãs e outros dois pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).