Polêmica do FBI busca danificar Trump, diz Paul Ryan
Para o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, é "óbvio" que há pessoas que querem "danificar" o presidente com o vazamento de documentos
EFE
Publicado em 17 de maio de 2017 às 15h37.
Última atualização em 17 de maio de 2017 às 16h00.
Washington - O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano Paul Ryan, declarou nesta quarta-feira que é "óbvio" que há pessoas que querem "danificar" o presidente Donald Trump com o vazamento de documentos do ex-diretor do FBI James Comey sobre as supostas pressões feitas pelo governante.
"É óbvio que há pessoas aí fora que querem danificar o presidente Trump", disse Ryan em breve comparecimento de imprensa no Capitólio ao comentar as revelações do jornal "The New York Times" sobre Trump ter pedido a Comey que encerrasse uma investigação sobre os elos da Rússia com seu ex-assessor de segurança nacional, o general aposentado Michael Flynn.
Ryan afirmou que o Congresso convocará Comey, demitido por Trump na semana passada e líder da investigação do FBI para esclarecer os nexos entre funcionários russos e a campanha presidencial de Trump, para explicar o ocorrido.
De acordo com o republicano, sua intenção é "focar nos fatos": "Tenho a certeza de que vamos querer escutar Comey", ressaltou.
O Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes solicitou na terça-feira ao FBI todos os documentos que Comey elaborou sobre suas conversas com o presidente Trump.
"Espero que você possa deixar isso para lá. É um bom homem", disse Trump a Comey, segundo o texto publicado nesta terça-feira pelo jornal em referência ao pedido do presidente a respeito da investigação sobre Flynn.
A oposição democrata enfatizou a gravidade destas acusações e exigiu uma investigação independente sobre o ocorrido. O líder da minoria democrata do Senado, Chuck Schumer, assegurou na terça-feira, após as revelações, que "o país está sendo colocado à prova de um modo sem precedentes".
Comey foi convidado a testemunhar de forma privada perante o Comitê de Inteligência do Senado sobre suas descobertas a respeito da Rússia e as possíveis razões de sua demissão, mas recusou a oferta alegando que só o faria de maneira aberta.