Rio Xingu, onde deve ser construída a usina de Belo Monte: o país pode abrir mão do potencial da Amazônia? (Paulo Jares/VEJA)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2011 às 20h09.
O Palácio do Planalto escalou nesta terça-feira (20) três ministros para discutir a controversa usina hidrelétrica de Belo Monte com integrantes do Grupo Gota D'Água, que tem se mobilizado nas redes sociais contra o empreendimento.
Os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho; e de Minas e Energia, Edison Lobão, tiveram uma conversa informal com o grupo, fundado pelo ator Sérgio Maroni.
Para os ativistas, o encontro serviu para "sensibilizar o governo" e entregar um abaixo assinado com 1,3 milhão de assinaturas. Uma nova reunião deve ocorrer em fevereiro, desta vez com a presença de técnicos dos dois lados. Segundo o grupo, o governo tentou convencê-los da importância da usina, mas não conseguiu. Os ministros também informaram que não seria possível interromper a obra.
Sobre os argumentos usados por pessoas favoráveis à usina, como a necessidade de o País investir em hidrelétricas para garantir energia para sustentar o crescimento da economia, Maroni respondeu: "São falácias que são criadas e que acabam virando verdade. O governo poderia aproveitar melhor as hidrelétricas já existentes".
Maroni criticou o vídeo postado na internet por universitários da Unicamp, que defendem Belo Monte e contestam os argumentos do Grupo Gota D'Água. "Esses universitários da Unicamp são futuros engenheiros civis, engenheiros de hidrelétrica, foram orientados por um professor que presta serviço pra prefeitura de Campinas e outras duas prefeituras, há um interesse particular muito grande nesse vídeo", disse.