Pirataria da África arrecadou US$ 400 milhões em resgates
Segundo relatório do Banco Mundial, piratas obtiveram US$ 400 milhões em pagamentos por resgates entre 2005 e 2012
Da Redação
Publicado em 2 de novembro de 2013 às 09h25.
Nairóbi - Os piratas que operam no litoral do Chifre da África obtiveram US$ 400 milhões em pagamentos por resgates entre 2005 e 2012, segundo um relatório elaborado pelo Banco Mundial e pelas Nações Unidas.
A maior parte deste dinheiro foi utilizada para financiar outras atividades delitivas, como o abastecimento de milícias, o tráfico de armas e de pessoas, mas também foi investido em negócios legais para lavá-lo.
O estudo publicado nesta sexta-feira indica que os principais beneficiados deste negócio são os chamados "piratas financeiros", que obtêm entre 30% e 50% dos resgates.
Os "soldados de pé", ou seja, os piratas que realizam o ataque aos navios, ficam com uma quantia que oscila entre US$ 30 mil e US$ 75 mil por navio, o que equivale a 0,1% do total.
Segundo o especialista financeiro do Banco Mundial e coautor do estudo, Stuart Yikona, a pirataria, além de representar uma ameaça para a segurança, "tem poder suficiente para corromper a economia, em nível regional e internacional".
A pirataria tem um custo de aproximadamente US$ 15 milhões anuais para a economia mundial pelo aumento dos custos do transporte. A atividade marítima e pesqueira também se viu reduzida significativamente nos países afetados, e o número de turistas também caiu.
Para Yikona, a pirataria requer uma resposta coordenada das autoridades financeiras internacionais que interrompa o fluxo de dinheiro ilícito produzido por esta atividade.
Segundo o chefe da seção contra o crime organizado da ONU, Tofik Murshudlu, a comunidade internacional está ganhando a batalha contra os piratas no mar, "mas deve ter cuidado para não perdê-la para os chefões" que comandam tudo e gerem o dinheiro em terra firme.
"Estes grupos criminosos e seus ativos continuarão sendo uma ameaça para a estabilidade e a segurança da região do Chifre da África a menos que se implementem soluções estruturais de longo prazo para impedir sua liberdade de movimento", advertiu. EFE
Nairóbi - Os piratas que operam no litoral do Chifre da África obtiveram US$ 400 milhões em pagamentos por resgates entre 2005 e 2012, segundo um relatório elaborado pelo Banco Mundial e pelas Nações Unidas.
A maior parte deste dinheiro foi utilizada para financiar outras atividades delitivas, como o abastecimento de milícias, o tráfico de armas e de pessoas, mas também foi investido em negócios legais para lavá-lo.
O estudo publicado nesta sexta-feira indica que os principais beneficiados deste negócio são os chamados "piratas financeiros", que obtêm entre 30% e 50% dos resgates.
Os "soldados de pé", ou seja, os piratas que realizam o ataque aos navios, ficam com uma quantia que oscila entre US$ 30 mil e US$ 75 mil por navio, o que equivale a 0,1% do total.
Segundo o especialista financeiro do Banco Mundial e coautor do estudo, Stuart Yikona, a pirataria, além de representar uma ameaça para a segurança, "tem poder suficiente para corromper a economia, em nível regional e internacional".
A pirataria tem um custo de aproximadamente US$ 15 milhões anuais para a economia mundial pelo aumento dos custos do transporte. A atividade marítima e pesqueira também se viu reduzida significativamente nos países afetados, e o número de turistas também caiu.
Para Yikona, a pirataria requer uma resposta coordenada das autoridades financeiras internacionais que interrompa o fluxo de dinheiro ilícito produzido por esta atividade.
Segundo o chefe da seção contra o crime organizado da ONU, Tofik Murshudlu, a comunidade internacional está ganhando a batalha contra os piratas no mar, "mas deve ter cuidado para não perdê-la para os chefões" que comandam tudo e gerem o dinheiro em terra firme.
"Estes grupos criminosos e seus ativos continuarão sendo uma ameaça para a estabilidade e a segurança da região do Chifre da África a menos que se implementem soluções estruturais de longo prazo para impedir sua liberdade de movimento", advertiu. EFE