Petrobras paga caro por importação emergencial de gás
Com a queda dos níveis de hidrelétricas, a estatal deve adquirir quatro cargas do combustível por mês em janeiro e fevereiro para as termelétricas
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 22h52.
Nova York - O Brasil está pagando preços altos por importações de emergência de gás natural liquefeito (GNL), lutando para lidar com uma crise no setor de eletricidade num momento em que a pior seca em décadas ameaça o fornecimento de hidrelétricas no Nordeste do país, disseram traders de energia regionais.
Comerciantes de GNL disseram que a Petrobras foi forçada a pagar prêmios de preços para garantir cargas de gás no mercado spot, devido à forte demanda pelo combustível em países asiáticos afetados pelo clima frio de inverno e em antecipação a compras planejadas pela Argentina.
As compras de alto custo no mercado à vista deixariam Petrobras com milhões de dólares em perdas se a empresa não for capaz de repassar o preço total das compras para os consumidores no Brasil.
Traders de GNL acreditam que a Petrobras pode ter pago recentemente até entre 15 e 17 dólares por milhão de BTU (unidade térmica britânica), um prêmio grande em relação aos preços domésticos do gás.
Os preços na Ásia subiram acima de 17 dólares por milhão de BTU na semana passada com uma onda de frio impulsionando as compras. Os preços do GNL na Europa são atualmente de cerca de 11 dólares por milhão de BTU.
Nos Estados Unidos, o abundante gás doméstico tem um preço pouco acima de 3 dólares por milhão de BTU.
"A seca no norte (do Brasil) é muito agressiva, por isso a Petrobras está tendo que equilibrar isso com as compras de GNL", disse uma fonte da indústria de GNL que comercializa na região. "Eles estão comprando tudo o que podem para que não fiquem sem".
O Brasil tem dois terminais de importação de GNL, um em Pecém, poucos quilômetros ao norte de Fortaleza, no Ceará, e um no Rio de Janeiro.
O GNL, que é o gás natural resfriado ao estado líquido para o transporte, é geralmente usado como um combustível substituto no Brasil, em termelétricas, durante os meses de seca, quando os níveis de hidrelétricas caem.
A Petrobras deverá comprar cerca de quatro cargas por mês para janeiro e fevereiro, disse a fonte.
Duas cargas de GNL já chegaram ao terminal de Pecém, no Nordeste, este mês. A instalação geralmente não recebe nenhuma gás natural em janeiro ou fevereiro uma vez que normalmente as chuvas incentivam o uso máximo de energia hidrelétrica.
Um terceiro navio, o Excelsior, está ancorado a poucos quilômetros do terminal, mostram dados de rastreamento de embarcações da Reuters. O navio Artic Voyager é esperado no Brasil em 22 de janeiro.
Nova York - O Brasil está pagando preços altos por importações de emergência de gás natural liquefeito (GNL), lutando para lidar com uma crise no setor de eletricidade num momento em que a pior seca em décadas ameaça o fornecimento de hidrelétricas no Nordeste do país, disseram traders de energia regionais.
Comerciantes de GNL disseram que a Petrobras foi forçada a pagar prêmios de preços para garantir cargas de gás no mercado spot, devido à forte demanda pelo combustível em países asiáticos afetados pelo clima frio de inverno e em antecipação a compras planejadas pela Argentina.
As compras de alto custo no mercado à vista deixariam Petrobras com milhões de dólares em perdas se a empresa não for capaz de repassar o preço total das compras para os consumidores no Brasil.
Traders de GNL acreditam que a Petrobras pode ter pago recentemente até entre 15 e 17 dólares por milhão de BTU (unidade térmica britânica), um prêmio grande em relação aos preços domésticos do gás.
Os preços na Ásia subiram acima de 17 dólares por milhão de BTU na semana passada com uma onda de frio impulsionando as compras. Os preços do GNL na Europa são atualmente de cerca de 11 dólares por milhão de BTU.
Nos Estados Unidos, o abundante gás doméstico tem um preço pouco acima de 3 dólares por milhão de BTU.
"A seca no norte (do Brasil) é muito agressiva, por isso a Petrobras está tendo que equilibrar isso com as compras de GNL", disse uma fonte da indústria de GNL que comercializa na região. "Eles estão comprando tudo o que podem para que não fiquem sem".
O Brasil tem dois terminais de importação de GNL, um em Pecém, poucos quilômetros ao norte de Fortaleza, no Ceará, e um no Rio de Janeiro.
O GNL, que é o gás natural resfriado ao estado líquido para o transporte, é geralmente usado como um combustível substituto no Brasil, em termelétricas, durante os meses de seca, quando os níveis de hidrelétricas caem.
A Petrobras deverá comprar cerca de quatro cargas por mês para janeiro e fevereiro, disse a fonte.
Duas cargas de GNL já chegaram ao terminal de Pecém, no Nordeste, este mês. A instalação geralmente não recebe nenhuma gás natural em janeiro ou fevereiro uma vez que normalmente as chuvas incentivam o uso máximo de energia hidrelétrica.
Um terceiro navio, o Excelsior, está ancorado a poucos quilômetros do terminal, mostram dados de rastreamento de embarcações da Reuters. O navio Artic Voyager é esperado no Brasil em 22 de janeiro.