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Pesquisas apontam derrota da extrema-direita na Holanda

O premiê superou o líder da extrema-direita, do Partido da Liberdade (PVV), antes apontado como vencedor certo da disputa

Mark Rutte: o premiê pediu que os holandeses se mobilizassem contra o avanço do populismo na Europa e para seguir "trabalhando" pela Holanda (Michael Kooren/Reuters)
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EFE

Publicado em 15 de março de 2017 às 19h40.

Haia - O Partido Popular pela Liberdade e Democracia (VDD), do primeiro-ministro da Holanda , Mark Rutte, venceu as eleições realizadas nesta quarta-feira no país, ao obter 31 cadeiras no parlamento, segundo as pesquisas de boca de urna.

Contrariando as pesquisas de antes do pleito, Rutte superou o líder da extrema-direita, Geert Wilders, do Partido da Liberdade (PVV), antes apontado como vencedor certo da disputa, e que ficou com 19 cadeiras, empatado com outros dois partidos.

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O grande perdedor das eleições é o Partido do Trabalho (PvdA), que faz parte da atual coalizão governista, e que pode perder até 29 cadeiras, segundo a boca de urna, caindo para apenas nove deputados.

Por outro lado, os principais beneficiados das eleições são os parlamentares da Esquerda Verde (GL), um partido que só tinha quatro deputados, mas pode ter obtido 16 cadeiras no pleito.

Já o partido DENK, um dos principais opositores às ideias anti-imigração de Wilders, pode chegar pela primeira vez ao parlamento com uma representação de três deputados.

Os líderes da maior parte dos partidos organizarão eventos nesta noite para acompanhar os resultados das eleições com seus eleitores. Wilders, porém, está fechado em seu escritório no parlamento à espera da apuração oficial e não deve aparecer em público hoje.

A participação aumentou bastante neste peito, com 82% contra os 74,6% das últimas eleições.

Rutte, que foi votar no começo da manhã, pediu que os holandeses se mobilizassem contra o avanço do populismo na Europa e para seguir "trabalhando" pela Holanda.

"Temos que evitar que se produza um efeito dominó. Esse é um momento no qual apostamos em uma mudança de rumo ou apostamos em uma política não experimental, que atinja mais êxitos a partir de sucessos anteriores", explicou Rutte antes de votar.

O primeiro-ministro pediu votos em seu partido para manter o país em segurança e estável porque ele segue tendo "muita vontade e muita força para lutar pela Holanda".

Já Wilders, que recebeu uma grande atenção da imprensa internacional, alertou que, aconteça o que acontecer nas eleições, nada conterá o avanço do populismo. E garantiu que os eleitores alemães e franceses demostraram isso nos pleitos previstos para ocorrer nos países ainda neste ano.

"O islã e a liberdade não são compatíveis. Os muçulmanos são livres para deixar a Holanda quando quiserem", afirmou.

Wilders brincou sobre a arrasadora presença da imprensa nacional e internacional, dizendo que esperava obter tantos votos como o número de jornalistas que o acompanhavam durante o dia.

As eleições ocorreram sem grandes incidentes, apesar da necessidade da instalação de cabines adicionais em alguns centros de votação devido à grande participação dos eleitores.

Várias páginas da web que publicam informações detalhadas sobre os programas políticos e que oferecem aos eleitores testes para que eles escolham os partidos mais adequados com as propostas que defendem foram alvo de ataques cibernéticos ao longo do dia.

A agência "ANP" informou que os sites foram afetados por ataques de DDoS, o que significa que os hackers enviaram ao mesmo tempo múltiplas solicitações de informação para sobrecarregar e derrubar as páginas do ar.

O Centro Nacional de Segurança Cibernética (CNSC), junto com vários especialistas, tentaram deter os ataques que, segundo a "ANP", eram realizados fora da Holanda.

A apuração dos votos está sendo realizada manualmente devido ao medo das autoridades de uma tentativa de outros países influenciarem nos resultados eleitorais.

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