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Pequim cria "polícia do ar" — e nem o churrasquinho escapa

Está tão difícil respirar por lá que atividades simples do cotidiano acabam virando vilãs

 (China Daily/Reuters)

(China Daily/Reuters)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 15h27.

Última atualização em 9 de janeiro de 2017 às 15h47.

São Paulo - Está tão difícil respirar bem na China que atividades simples do cotidiano -- como os típicos churrascos ao ar livre nas ruas -- acabam virando vilãs do meio ambiente.

Nesta semana, Pequim anunciou a criação de uma polícia para "fiscalizar o ar". Além de coibir essa atividade comercial praticada a céu aberto, os agentes vão percorrer a capital em busca de outras atividades que violem as regulações ambientais, como a queima de lixo ao ar livre, relata o The Guardian.

Quem quiser fazer churrasco, pode, mas desde que seja dentro de casa. E os restaurantes que trabalham com a grelha devem instalar equipamentos purificadores de ar.

Assim como as últimas semanas de 2016, os primeiros dias do ano novo estão sendo sufocantes para os chineses, que enfrentam níveis alarmantes de poluição atmosférica.

Veja em timelapse a poluição tomar conta da capital neste vídeo de 12 segundos registrado no começo de janeiro:

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O quadro é agravado pelo tempo frio do inverno na Ásia, que leva ao acionamento de mais usinas a carvão para o aquecimento, uma fonte de energia altamente poluente.

Pequim também anunciou que vai fechar a sua última usina a carvão e reduzir o consumo dessa fonte de energia em 30% como medida de combate à poluição. Essas medidas surgem na esteira de outras ações mais enérgicas.

Nos últimos anos, após décadas de crescimento vertiginoso, o país tem se mobilizado para enfrentar o problema, lançando mão de programas obrigatórios de redução de emissões fabris, restringindo a circulação de carros e caminhões e investindo pesado em novas fontes de energia, como solar e
eólica.

Na semana passada, em sua mais recente investida, a China anunciou que investirá cerca de 360 bilhões de dólares em geração de energia renovável até 2020.

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