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Pentágono revela situação judicial de detidos em Guantánamo

Do total de 166 presos, 48 estão confinados em regime de "detenção ilimitada", uma categoria de prisioneiro de guerra que não pode ser libertado por sua periculosidade

Imagem do centro de detenção Camp Delta na base americana de Guantánamo (AFP / Michelle Shephard)

Imagem do centro de detenção Camp Delta na base americana de Guantánamo (AFP / Michelle Shephard)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2013 às 07h32.

Washington - O Pentágono revelou nesta segunda-feira a situação judicial dos 166 presos na base americana de Guantánamo, em especial dos 46 detentos em regime de prisão "ilimitada", que, mesmo sem acusação formal, são considerados muito perigosos para ser libertados.

A lista de 15 páginas, à qual a AFP teve acesso, foi publicada após uma queixa do jornal Miami Herald, que invocou a Lei de Liberdade de Imprensa (FOIA).

Do total de 166 presos, 48 estão confinados em regime de "detenção ilimitada", uma categoria de prisioneiro de guerra que não pode ser libertado por sua periculosidade, mesmo diante da ausência de provas judiciais para justificar um processo.

Segundo a lista, que traz a identidade e a nacionalidade de todos os prisioneiros, entre os detentos em prisão "ilimitada" há 26 iemenitas, 12 afegãos, três sauditas, dois kuwaitianos, dois líbios, um queniano, um marroquino e um somali.

A lista inclui os 104 presos que mantêm uma greve de fome há quatro meses em Guantánamo - 44 dos quais foram alimentados à força nesta segunda-feira - para protestar contra o sistema de prisão que suportam há quase onze anos.

Na relação há ainda 86 detentos classificados como suscetíveis de libertação, a maioria iemenitas.

Em um discurso pronunciado no dia 23 de maio, Obama reafirmou sua intenção de fechar a prisão em Guantánamo, uma promessa que data da campanha eleitoral de 2008 mas que nunca foi concretizada.

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