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Pentágono elabora lista de iraquianos isentos do veto migratório

O Pentágono não detalhou se o secretário de Defesa, James Mattis, pediu a lista ou foi a Casa Branca que solicitou os nomes

Trump: o Pentágono segue analisando o impacto da ordem executiva em seus compromissos com os países afetados, todos de maioria muçulmana (Carlos Barria/Reuters)

Trump: o Pentágono segue analisando o impacto da ordem executiva em seus compromissos com os países afetados, todos de maioria muçulmana (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 22h43.

Washington - O Pentágono está elaborando uma lista de iraquianos que ajudaram as forças armadas dos Estados Unidos para que fiquem isentos da suspensão de vistos incluída em um polêmica ordem executiva assinada na sexta-feira passada pelo presidente Donald Trump.

O capitão Jeff Davis, porta-voz do Pentágono, confirmou que o Departamento de Defesa tenta evitar que a medida afete aqueles que demonstraram "um compromisso tangível" com os EUA no Iraque.

A ordem executiva de Trump ordena a suspensão da amparadas de refugiados durante 120 dias para examinar os mecanismos de aceitação e assegurar-se que radicais não pisem em território americano.

Além disso, suspende durante 90 dias a concessão de vistos aos cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Iêmen e Irã) até que se adotem processos de "escrutínio extremo".

O Pentágono não detalhou se o secretário de Defesa, James Mattis, pediu a lista ou foi a Casa Branca que solicitou os nomes.

Davis disse apenas que "nos foi dada a oportunidade" de realizar a lista de exclusões de iraquianos que colaboraram com os americanos desde a invasão de 2003, que pôs um fim no regime de Saddam Hussein.

O parlamento iraquiano recomendou hoje que se aplique o princípio de reciprocidade para suspender a concessão de vistos a americanos, entre eles funcionários terceirizados desse país, algo que afetaria seriamente a missão dos assistentes militares dos EUA enviados para avançar na luta contra o Estado Islâmico (EI).

A ordem executiva de Trump afeta imigrantes iraquianos, inclusive informantes e tradutores das tropas americanas, que como parte de sua colaboração requeriam um compromisso de proteção, assim como vistos para viver nos Estados Unidos.

Também pode afetar oficiais militares iraquianos que estão sendo treinados nos Estados Unidos ou que tinham previsto entrar no país.

Além disso, o Pentágono segue analisando o impacto da ordem executiva em seus compromissos com os países afetados, todos de maioria muçulmana.

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