Pelo menos 240 morrem em incêndio de fábrica no Paquistão
O incêndio que destruiu uma fábrica têxtil de Karachi é o pior da história dessa megalópole do sul do país
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2012 às 09h25.
Karachi - Pelo menos 240 pessoas morreram no incêndio da noite de terça-feira que destruiu uma fábrica têxtil de Karachi, sul do Paquistão, anunciou o chefe de polícia da cidade.
"As equipes de resgate recuperaram 240 corpos até o momento. As equipes continuam trabalhando e tememos que existam outras vítimas", disse à AFP Iqbal Mehmud, chefe de polícia de Karachi, ao anunciar o novo balanço.
Este é o pior incêndio da história de Karachi, destacou uma fonte do ministério da Saúde da província de Sindh.
"Os bombeiros encontraram dezenas de cadáveres em uma grande área do subsolo da fábrica, informou à AFP Ehtesham Salim, chefe do corpo de bombeiros da cidade.
O subsolo ficou completamente queimado. Uma fumaça espessa e um forte calor ainda eram sentidos na manhã desta quarta-feira. As vítimas morreram intoxicadas antes que as chamas queimassem os corpos, destacou Salim.
Karachi é uma megalópole do sul do país com 17 milhões de habitantes e centro do setor industrial paquistanês.
As causas exatas da catástrofe de Karachi ainda estão sendo investigadas, mas como é frequente no Paquistão a suspeita é de falta de segurança nas instalações.
O ministro da Indústria de Sindh anunciou a abertura de uma investigação por negligência contra o proprietário da unidade.
Mais cedo, outro incêndio em uma unidade de produção de sandálias de plástico de Lahore (região leste do país, com 10 milhões de habitantes) provocou 21 mortes.
As chamas se propagaram rapidamente na unidade instalada de maneira improvisada em uma residência.
De acordo com as autoridades locais, o incidente foi provocado por uma falha do gerador elétrico.
O primeiro-ministro Raja Pervez Ashraf apresentou condolências às famílias das vítimas das duas tragédias, que evidenciam a vulnerabilidade do setor manufatureiro paquistanês, um dos pilares da economia do país de mais 180 milhões de habitantes e fortemente limitado por problemas de produção de energia.