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Patriota defende diálogo na Líbia, mas não descarta exclusão aérea

Chanceler brasileiro acredita que intervenção militar poderia desencadear uma onda de violência

O ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota: ONU vota exclusão aérea até amanhã (Cristiano Mariz/VEJA)
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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 14h17.

Brasília – O impasse na Líbia deve ser resolvido por meio do diálogo, sem excluir o presidente líbio, Muammar Kadafi, e buscando alternativas que não agravem a crise no país, segundo o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Patriota disse hoje (17) que o Brasil só será favorável à imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia se houver aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“Uma intervenção militar, mesmo que motivada pelos mais nobres sentimentos, pode desencadear uma onda de violência”, afirmou o chanceler. “Acho que [a comunidade internacional] deveria tentar alguma coisa, sem ações adicionais que têm o potencial desestabilizador. Merecem ser feitos esforços de diálogo para a redução da violência e uma saída política.”

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Porém, o ministro não descartou o voto favorável do Brasil, no conselho, em relação à imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia. “O Brasil não exclui associar-se a uma decisão que venha a apoiar uma zona de exclusão sempre quando definida em termos que nos pareçam razoáveis”, disse.

Patriota disse que até amanhã (18) o Conselho de Segurança das Nações Unidas votará a proposta de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a adoção de sanções extras ao país. Segundo ele, o esforço do governo brasileiro é para respeitar as ações promovidas pelas missões das Nações Unidas e africana enviadas para a Líbia.

“De fato uma das prioridades é salvar vidas e evitar o agravamento da violência, não podemos descartar um esforço de diálogo com Kadafi. O Brasil defendeu muito que se reconheça a importância dessas missões”, afirmou o chanceler.

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