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Partido Republicano mantém postura contrária a aborto

O comitê persegue, além disso, uma emenda constitucional para proibir o aborto

Candidato republicano Mitt Romney em New Hampshire: Líderes do Partido Republicano se mostraram contrários a essa opinião (Jessica Rinaldi/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2012 às 21h25.

Washington - O comitê de plataforma do Partido Republicano dos Estados Unidos , que decide uma postura comum antes da convenção da formação na próxima semana, reafirmou nesta terça-feira sua postura contrária ao aborto, sem especificar exceções como em caso de abuso, segundo uma minuta divulgada pela rede de televisão ''CNN''.

A plataforma, dirigida pelo governador da Virgínia, Bob McDonnell, pactuou uma postura conjunta que ''reivindica a santidade da vida humana e afirma que o feto tem o direito individual fundamental à vida'', sem especificar nenhuma exceção como estupro ou incesto.

O comitê persegue, além disso, uma emenda constitucional para proibir o aborto, rejeitando várias propostas de maior flexibilidade não só perante o aborto, mas também perante as uniões entre pessoas do mesmo sexo.

O tema aborto em caso de abuso sexual veio à tona nesta semana nos EUA depois que o congressista republicano Todd Akin deu declarações dizendo que um ''estupro real'' raramente causa gravidez, já que o corpo rejeita a concepção, a seu ver, de forma natural.

Líderes do Partido Republicano e inclusive do movimento ultraconservador Tea Party se mostraram contrários a essa opinião e pediram a renúncia de Akin, que pediu desculpas por usar ''as palavras equivocadas''.

Um total de 110 delegados reunidos em vários grupos apresentaram suas propostas para definir a postura comum do partido em temas diferentes. Outros grupos do partido pediram, em comunicado, que sejam considerados todos os pontos de vista em ''saúde reprodutiva e liberdade de casamento'', em referência às uniões entre pessoas do mesmo sexo, outro tema que não teve avanço pela oposição mais conservadora.


Quatro grupos dentro do Partido Republicano, entre eles um de católicos e outro de mulheres judias, pediram que as opiniões não sejam restritas por ''pontos de vista fechados e baseados na fé''.

''Os republicanos de boa fé não utilizam sua fé para discriminar'', opinou Ann Stone, da Republicans for Choice, que pediu uma maior tolerância nas decisões relacionadas a aborto ou contracepção e solicitou que deixem que as mulheres tomem esse tipo de decisão.

Segundo uma das delegadas da convenção republicana em Tampa, Barbara Fenton, de Rhode Island, na sua geração ''a homossexualidade já não é o maior problema do mundo''.

Barbara, de 31 anos, pediu uma mudança a respeito das opiniões sobre uniões de pessoas do mesmo sexo, já que o partido corre o risco de ficar defasado com os avanços da sociedade.

No entanto, o casamento homossexual é visto pelo partido como algo errado, já que para esse tema foram impostas posturas dos mais conservadores que defendem ''o casamento tradicional'' como peça essencial de uma sociedade.

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Washington - O comitê de plataforma do Partido Republicano dos Estados Unidos , que decide uma postura comum antes da convenção da formação na próxima semana, reafirmou nesta terça-feira sua postura contrária ao aborto, sem especificar exceções como em caso de abuso, segundo uma minuta divulgada pela rede de televisão ''CNN''.

A plataforma, dirigida pelo governador da Virgínia, Bob McDonnell, pactuou uma postura conjunta que ''reivindica a santidade da vida humana e afirma que o feto tem o direito individual fundamental à vida'', sem especificar nenhuma exceção como estupro ou incesto.

O comitê persegue, além disso, uma emenda constitucional para proibir o aborto, rejeitando várias propostas de maior flexibilidade não só perante o aborto, mas também perante as uniões entre pessoas do mesmo sexo.

O tema aborto em caso de abuso sexual veio à tona nesta semana nos EUA depois que o congressista republicano Todd Akin deu declarações dizendo que um ''estupro real'' raramente causa gravidez, já que o corpo rejeita a concepção, a seu ver, de forma natural.

Líderes do Partido Republicano e inclusive do movimento ultraconservador Tea Party se mostraram contrários a essa opinião e pediram a renúncia de Akin, que pediu desculpas por usar ''as palavras equivocadas''.

Um total de 110 delegados reunidos em vários grupos apresentaram suas propostas para definir a postura comum do partido em temas diferentes. Outros grupos do partido pediram, em comunicado, que sejam considerados todos os pontos de vista em ''saúde reprodutiva e liberdade de casamento'', em referência às uniões entre pessoas do mesmo sexo, outro tema que não teve avanço pela oposição mais conservadora.


Quatro grupos dentro do Partido Republicano, entre eles um de católicos e outro de mulheres judias, pediram que as opiniões não sejam restritas por ''pontos de vista fechados e baseados na fé''.

''Os republicanos de boa fé não utilizam sua fé para discriminar'', opinou Ann Stone, da Republicans for Choice, que pediu uma maior tolerância nas decisões relacionadas a aborto ou contracepção e solicitou que deixem que as mulheres tomem esse tipo de decisão.

Segundo uma das delegadas da convenção republicana em Tampa, Barbara Fenton, de Rhode Island, na sua geração ''a homossexualidade já não é o maior problema do mundo''.

Barbara, de 31 anos, pediu uma mudança a respeito das opiniões sobre uniões de pessoas do mesmo sexo, já que o partido corre o risco de ficar defasado com os avanços da sociedade.

No entanto, o casamento homossexual é visto pelo partido como algo errado, já que para esse tema foram impostas posturas dos mais conservadores que defendem ''o casamento tradicional'' como peça essencial de uma sociedade.

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