Partido de Berlusconi deixa coalizão governamental da Itália
Em entrevista em Roma, os porta-vozes parlamentares do Força Itália, Renato Brunetta e Paolo Romani, anunciaram a saída da legenda da maioria que apoia Letta
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2013 às 14h57.
Roma - O partido conservador Força Itália, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi , anunciou nesta terça-feira sua saída da coalizão parlamentar que sustenta o governo do social-democrata Enrico Letta por desacordos sobre o orçamento geral do Estado para 2014.
Em entrevista coletiva em Roma, os porta-vozes parlamentares do Força Itália, Renato Brunetta e Paolo Romani, anunciaram a saída da legenda da maioria que apoia Letta, chefe do Executivo de coalizão formado após as eleições de fevereiro, que terminaram com um resultado dividido.
O governo de Letta conserva, no entanto, o apoio do grupo surgido do antigo partido de Berlusconi, o Novo Centro-Direita, do vice-primeiro-ministro, Angelino Alfano, que conta com 30 senadores que garantem a estabilidade do Executivo na câmara na qual a centro-esquerda não obteve maioria absoluta.
"Já não se dão as condições para que o Força Itália siga dentro da maioria parlamentar e siga colaborando com o governo", disse Romani, porta-voz do partido de Berlusconi no Senado, em um discurso retransmitido ao vivo pela televisão da câmara alta.
"Pedimos várias vezes reuniões com o governo, mas nossa impressão foi a de um desinteresse total para os nossos pedidos. Sentimos que nos tiraram da maioria", acrescentou.
Por sua parte, Brunetta, porta-voz do Força Itália na câmara baixa, declarou que o governo italiano já não pode ser considerado de "amplo acordo", porque agora está escorado rumo à centro-esquerda, apesar de nele continuarem antigos companheiros seus, apontados como mais moderados, do extinto partido Povo da Liberdade (PDL).
"Nós, por declaração própria de Enrico Letta, acreditávamos fazer parte de uma maioria de amplos acordos que, por definição, teria que fazer do consenso sobre as decisões seu próprio mecanismo de fundação. Não foi assim", lamentou Romani.
Os porta-vozes justificaram esta decisão com as remodelações introduzidas na tramitação parlamentar do orçamento geral do Estado, que consideraram "inaceitáveis", sem que, segundo sua opinião, se tivessem levado em conta suas propostas.
A saída do Força Itália da coalizão que apoia o governo de Letta deve se materializar ainda hoje na votação no Senado do orçamento geral de 2014, para o que o grupo parlamentar de Berlusconi, que conta com 66 senadores, já anunciou seu "não".
Com esta decisão, o governo de Letta fica com maioria absoluta no Senado por apenas sete senadores acima da metade mais um das cadeiras, que são 161, enquanto na Câmara dos Deputados sua vantagem é de 65 parlamentares.
O certo é que este anúncio chega só um dia antes que amanhã a câmara alta realize uma esperada votação do plenário, a que decidirá se Berlusconi perderá sua cadeira por sua condenação a quatro anos de prisão por fraude fiscal imposta no último dia 1º de agosto pela Suprema Corte.
Roma - O partido conservador Força Itália, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi , anunciou nesta terça-feira sua saída da coalizão parlamentar que sustenta o governo do social-democrata Enrico Letta por desacordos sobre o orçamento geral do Estado para 2014.
Em entrevista coletiva em Roma, os porta-vozes parlamentares do Força Itália, Renato Brunetta e Paolo Romani, anunciaram a saída da legenda da maioria que apoia Letta, chefe do Executivo de coalizão formado após as eleições de fevereiro, que terminaram com um resultado dividido.
O governo de Letta conserva, no entanto, o apoio do grupo surgido do antigo partido de Berlusconi, o Novo Centro-Direita, do vice-primeiro-ministro, Angelino Alfano, que conta com 30 senadores que garantem a estabilidade do Executivo na câmara na qual a centro-esquerda não obteve maioria absoluta.
"Já não se dão as condições para que o Força Itália siga dentro da maioria parlamentar e siga colaborando com o governo", disse Romani, porta-voz do partido de Berlusconi no Senado, em um discurso retransmitido ao vivo pela televisão da câmara alta.
"Pedimos várias vezes reuniões com o governo, mas nossa impressão foi a de um desinteresse total para os nossos pedidos. Sentimos que nos tiraram da maioria", acrescentou.
Por sua parte, Brunetta, porta-voz do Força Itália na câmara baixa, declarou que o governo italiano já não pode ser considerado de "amplo acordo", porque agora está escorado rumo à centro-esquerda, apesar de nele continuarem antigos companheiros seus, apontados como mais moderados, do extinto partido Povo da Liberdade (PDL).
"Nós, por declaração própria de Enrico Letta, acreditávamos fazer parte de uma maioria de amplos acordos que, por definição, teria que fazer do consenso sobre as decisões seu próprio mecanismo de fundação. Não foi assim", lamentou Romani.
Os porta-vozes justificaram esta decisão com as remodelações introduzidas na tramitação parlamentar do orçamento geral do Estado, que consideraram "inaceitáveis", sem que, segundo sua opinião, se tivessem levado em conta suas propostas.
A saída do Força Itália da coalizão que apoia o governo de Letta deve se materializar ainda hoje na votação no Senado do orçamento geral de 2014, para o que o grupo parlamentar de Berlusconi, que conta com 66 senadores, já anunciou seu "não".
Com esta decisão, o governo de Letta fica com maioria absoluta no Senado por apenas sete senadores acima da metade mais um das cadeiras, que são 161, enquanto na Câmara dos Deputados sua vantagem é de 65 parlamentares.
O certo é que este anúncio chega só um dia antes que amanhã a câmara alta realize uma esperada votação do plenário, a que decidirá se Berlusconi perderá sua cadeira por sua condenação a quatro anos de prisão por fraude fiscal imposta no último dia 1º de agosto pela Suprema Corte.