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Partido da coalizão governista exige novo governo na Tunísia

Governo de unidade foi exigido horas após o Exército ter isolado uma praça na capital onde houve confronto entre manifestantes

Soldados bloquearam a praça central Bardo, declarando-a uma "zona militar fechada", depois que manifestantes pró e antigoverno atiraram pedras uns nos outros (Anis Mili/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2013 às 14h40.

Túnis - Um partido secular da coalizão governista liderada por islâmicos da Tunísia exigiu, nesta segunda-feira, um governo de unidade para neutralizar uma crise política crescente, horas após o Exército ter isolado uma praça na capital onde os manifestantes entraram em confronto.

As tensões vêm crescendo por causa dos esforços da oposição de derrubar o governo após o assassinato, na semana passada, de um político de esquerda, o segundo crime dessa natureza em seis meses.

Os soldados bloquearam a praça central Bardo, em Túnis, declarando-a uma "zona militar fechada", depois que manifestantes pró e antigoverno atiraram pedras uns nos outros.

O partido secular Ettakatol pediu que a coalizão liderada pelo partido islamista Ennahda deixe o poder.

"Pedimos a dissolução do governo em favor de um governo de unidade que represente a forma mais ampla de consenso", disse à Reuters Lobni Jribi, um líder do partido.

"Se o Ennahda recusar essa proposta, vamos nos retirar do governo".

A ameaça de um de seus próprios aliados irá aumentar a pressão sobre o Ennahda, que vem resistindo às exigências da oposição para a queda do governo, e pode encorajar mais deserções.

O ministro da Educação, Salem Labyedh, independente, ofereceu sua renúncia ao primeiro-ministro, disse a mídia local.

Os tunisianos temem estar mergulhando em uma das piores crises em sua transição política desde que o líder autocrata Zine al-Abidine Ben Ali foi obrigado a fugir por um levante em 2011 que provocou protestos em todo o mundo árabe.

As forças de segurança selaram com arame farpado e cercas a praça Bardo, localizada em frente à Assembleia Constituinte transicional.

O chefe da assembleia, Mustafa Ben Jaafar, pertence ao Ettakatol. Ele disse estar a apenas algumas semanas de completar um esboço constitucional há muito tempo adiado e que será votado em referendo.

A oposição secular, encorajada pela destituição feita pelo exército egípcio de um presidente islâmico neste mês, está rejeitando agora todas as concessões e os esforços reconciliatórios do governo.

Pediu que a Assembleia Constituinte de 217 membros fosse dissolvida. Nos últimos dias, 70 parlamentares deixaram o órgão e fizeram um protesto em frente a sua sede.

Na cidade de Sidi Bouzid, no sul do país, manifestantes enfurecidos tentaram invadir os escritórios municipais para impedir os funcionários de trabalharem, disseram moradores, provocando confrontos com partidários do Ennahda.

O exército teve que intervir para proteger os escritórios e a polícia disparou gás lacrimogêneo, mas os moradores disseram que milhares de manifestantes estavam se reunindo na cidade berço da revolta da Tunísia.

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Túnis - Um partido secular da coalizão governista liderada por islâmicos da Tunísia exigiu, nesta segunda-feira, um governo de unidade para neutralizar uma crise política crescente, horas após o Exército ter isolado uma praça na capital onde os manifestantes entraram em confronto.

As tensões vêm crescendo por causa dos esforços da oposição de derrubar o governo após o assassinato, na semana passada, de um político de esquerda, o segundo crime dessa natureza em seis meses.

Os soldados bloquearam a praça central Bardo, em Túnis, declarando-a uma "zona militar fechada", depois que manifestantes pró e antigoverno atiraram pedras uns nos outros.

O partido secular Ettakatol pediu que a coalizão liderada pelo partido islamista Ennahda deixe o poder.

"Pedimos a dissolução do governo em favor de um governo de unidade que represente a forma mais ampla de consenso", disse à Reuters Lobni Jribi, um líder do partido.

"Se o Ennahda recusar essa proposta, vamos nos retirar do governo".

A ameaça de um de seus próprios aliados irá aumentar a pressão sobre o Ennahda, que vem resistindo às exigências da oposição para a queda do governo, e pode encorajar mais deserções.

O ministro da Educação, Salem Labyedh, independente, ofereceu sua renúncia ao primeiro-ministro, disse a mídia local.

Os tunisianos temem estar mergulhando em uma das piores crises em sua transição política desde que o líder autocrata Zine al-Abidine Ben Ali foi obrigado a fugir por um levante em 2011 que provocou protestos em todo o mundo árabe.

As forças de segurança selaram com arame farpado e cercas a praça Bardo, localizada em frente à Assembleia Constituinte transicional.

O chefe da assembleia, Mustafa Ben Jaafar, pertence ao Ettakatol. Ele disse estar a apenas algumas semanas de completar um esboço constitucional há muito tempo adiado e que será votado em referendo.

A oposição secular, encorajada pela destituição feita pelo exército egípcio de um presidente islâmico neste mês, está rejeitando agora todas as concessões e os esforços reconciliatórios do governo.

Pediu que a Assembleia Constituinte de 217 membros fosse dissolvida. Nos últimos dias, 70 parlamentares deixaram o órgão e fizeram um protesto em frente a sua sede.

Na cidade de Sidi Bouzid, no sul do país, manifestantes enfurecidos tentaram invadir os escritórios municipais para impedir os funcionários de trabalharem, disseram moradores, provocando confrontos com partidários do Ennahda.

O exército teve que intervir para proteger os escritórios e a polícia disparou gás lacrimogêneo, mas os moradores disseram que milhares de manifestantes estavam se reunindo na cidade berço da revolta da Tunísia.

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