Exame Logo

Parte da Usina de Santo Antônio adere a greve em Jirau

Parte dos funcionários da Usina de Santo Antônio, no mesmo rio, também pararam momentaneamente as atividades

Ao contrário do que aconteceu na última greve, em março de 2011, nada foi destruído em Jirau (Cristiano Mariz/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2012 às 20h47.

Porto Velho - Em greve desde o último dia 10, quase 16 mil trabalhadores que constroem a Usina Jirau, no rio Madeira, ganharam nesta quarta-feira o apoio de parte dos funcionários da Usina de Santo Antônio, no mesmo rio, que também pararam momentaneamente as atividades. A calma nos canteiros de obras é mantida pela Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec), que já pediu ajuda da Força Nacional de Segurança.

Ao contrário do que aconteceu na última greve, em março de 2011, nada foi destruído em Jirau. Para manter os ânimos sob controle, a empresa Camargo Corrêa, que representa o Consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR), chegou a dispensar temporariamente do trabalho aproximadamente 5 mil funcionários que decidiram não aderir ao movimento. A empresa alega que serviços essenciais são mantidos.

A greve em Jirau foi iniciada por cerca de mil funcionários da Enesa Engenharia, empresa terceirizada responsável pela montagem das turbinas. Dois dias depois os contratados diretamente pela Camargo Corrêa começaram a aderir ao movimento. Dentre outras coisas eles reivindicam reajuste salarial de 30% para todas as categorias e cinco dias de folga para cada 70 trabalhados. Atualmente as folgas são a cada 90 dias.

Com a adesão de funcionários da própria Camargo Corrêa, a greve passou a ser controlada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada (Sticcero), que na paralisação de 2011 foi acusado de impedir os que queriam trabalhar de entrar no canteiro de obras. O desembargador Ilson Alves Pequeno Júnior, do Tribunal Regional do Trabalho 14ª Região (TRT), declarou a greve ilegal e determinou a volta ao trabalho no último dia 15.

Multa

A multa estipulada pela Justiça do Trabalho por descumprimento de decisão é de R$ 200 mil por dia, sendo R$ 100 mil para os funcionários da Camargo Corrêa e mais R$ 100 mil para os da Enesa Engenharia. Mesmo assim, o Sticcero reuniu os trabalhadores na última sexta-feira e foi decidido que a greve prosseguiria, para forçar o consórcio ESBR a conceder o reajuste e atender a pauta de reivindicações de 10 itens.

A Camargo Corrêa informou que disponibiliza aos trabalhadores alojamentos no canteiro de obras, que já foram vistoriados pela Justiça do Trabalho e por diversas comissões da Câmara Federal e do Senado. É uma resposta da empresa a um dos itens da pauta de reivindicações, que é o oferecimento de alojamentos adequados. A empreiteira também anunciou que sempre esteve aberta às negociações.

As usinas de Jirau e Santo Antônio, depois de concluídas, terão capacidade para gerar 6.600 MW, que atenderão os grandes polos consumidores do Brasil. Juntas as duas obras geram aproximadamente 40 mil empregos. A primeira está localizada a quase cem quilômetros da área urbana. A outra está a menos de dez quilômetros de Porto Velho.

Veja também

Porto Velho - Em greve desde o último dia 10, quase 16 mil trabalhadores que constroem a Usina Jirau, no rio Madeira, ganharam nesta quarta-feira o apoio de parte dos funcionários da Usina de Santo Antônio, no mesmo rio, que também pararam momentaneamente as atividades. A calma nos canteiros de obras é mantida pela Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec), que já pediu ajuda da Força Nacional de Segurança.

Ao contrário do que aconteceu na última greve, em março de 2011, nada foi destruído em Jirau. Para manter os ânimos sob controle, a empresa Camargo Corrêa, que representa o Consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR), chegou a dispensar temporariamente do trabalho aproximadamente 5 mil funcionários que decidiram não aderir ao movimento. A empresa alega que serviços essenciais são mantidos.

A greve em Jirau foi iniciada por cerca de mil funcionários da Enesa Engenharia, empresa terceirizada responsável pela montagem das turbinas. Dois dias depois os contratados diretamente pela Camargo Corrêa começaram a aderir ao movimento. Dentre outras coisas eles reivindicam reajuste salarial de 30% para todas as categorias e cinco dias de folga para cada 70 trabalhados. Atualmente as folgas são a cada 90 dias.

Com a adesão de funcionários da própria Camargo Corrêa, a greve passou a ser controlada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada (Sticcero), que na paralisação de 2011 foi acusado de impedir os que queriam trabalhar de entrar no canteiro de obras. O desembargador Ilson Alves Pequeno Júnior, do Tribunal Regional do Trabalho 14ª Região (TRT), declarou a greve ilegal e determinou a volta ao trabalho no último dia 15.

Multa

A multa estipulada pela Justiça do Trabalho por descumprimento de decisão é de R$ 200 mil por dia, sendo R$ 100 mil para os funcionários da Camargo Corrêa e mais R$ 100 mil para os da Enesa Engenharia. Mesmo assim, o Sticcero reuniu os trabalhadores na última sexta-feira e foi decidido que a greve prosseguiria, para forçar o consórcio ESBR a conceder o reajuste e atender a pauta de reivindicações de 10 itens.

A Camargo Corrêa informou que disponibiliza aos trabalhadores alojamentos no canteiro de obras, que já foram vistoriados pela Justiça do Trabalho e por diversas comissões da Câmara Federal e do Senado. É uma resposta da empresa a um dos itens da pauta de reivindicações, que é o oferecimento de alojamentos adequados. A empreiteira também anunciou que sempre esteve aberta às negociações.

As usinas de Jirau e Santo Antônio, depois de concluídas, terão capacidade para gerar 6.600 MW, que atenderão os grandes polos consumidores do Brasil. Juntas as duas obras geram aproximadamente 40 mil empregos. A primeira está localizada a quase cem quilômetros da área urbana. A outra está a menos de dez quilômetros de Porto Velho.

Acompanhe tudo sobre:Energia elétricaGrevesHidrelétricas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame