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Parlamento romeno aprova realização de referendo sobre corrupção

Um decreto do governo social-democrata que despenalizava certos casos de corrupção gerou uma onda de protestos que já dura 14 dias consecutivos

Protestos: a polêmica lei prevê apenas uma punição administrativa pelos casos de abuso de poder inferiores a 44 mil euros (Stoyan Nenov/Reuters)
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EFE

Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 16h20.

Bucareste - O parlamento da Romênia deu sinal verde para a realização de um referendo sobre a luta contra a corrupção , uma iniciativa do presidente do país, Klaus Iohannis, após os maiores protestos sociais desde a queda do comunismo por causa de um decreto que anistiava certos crimes de corrupção.

Após o sinal verde unânime da Câmara, o chefe de Estado deverá propor uma data e a pergunta exata do referendo.

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O liberal conservador Iohannis disse que convocaria uma consulta após o anúncio de um decreto do governo social-democrata que despenalizava certos casos de corrupção e que gerou uma onda de protestos que já dura 14 dias consecutivos.

Na noite do domingo, mais de 50 mil pessoas saíram às ruas em várias cidades do país, para demonstrar seu mal-estar com o governo, que acusam de ajudar os corruptos.

Os protestos fizeram com que o Executivo, que está no poder apenas desde o fim de dezembro, retirasse o decreto.

A polêmica lei prevê apenas uma punição administrativa pelos casos de abuso de poder inferiores a 44 mil euros.

Entre os beneficiados se encontravam o líder do Partido Social-Democrata (PSD), Liviu Dragnea, que é acusado de abuso de poder pelo valor de 24 mil euros.

A Procuradoria Anticorrupção conseguiu incriminar desde 2010 mais de 3 mil políticos e funcionários - entre eles vários ministros e inclusive um ex-primeiro-ministro (o social-democrata Adrian Nastas) - o que lhe rendeu elogios da Comissão Europeia.

Para os próximos dias são esperados mais protestos na Romênia.

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