Parlamento deveria decidir sobre Brexit, dizem advogados
Os signatários, que incluem advogados experientes, disseram que os parlamentares deveriam fazer uma votação livre no Parlamento
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2016 às 08h40.
Londres - O referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia foi consultivo, portanto cabe aos parlamentares decidirem se o país deve ou não se desfiliar do bloco, disseram mais de mil proeminentes advogados britânico em uma carta ao primeiro-ministro britânico, David Cameron.
Os signatários, que incluem advogados experientes, disseram que os parlamentares deveriam fazer uma votação livre no Parlamento antes que qualquer líder britânico tome a decisão de desencadear o rompimento formal com a UE invocando o Artigo 50 do Tratado de Lisboa.
A carta é a tentativa mais recente dos opositores do chamado "Brexit", a saída britânica da UE, de desacelerar o processo de desfiliação.
Alguns defensores da saída dizem existir uma tentativa calculada de evitar qualquer separação do bloco dificultando qualquer processo com questionamentos políticos e legais.
"Nossa opinião legal é que o referendo foi consultivo", afirmaram os advogados na carta do dia 9 de julho, assinada por 1.054 profissionais. A Reuters obteve uma cópia do documento.
"Acreditamos que, para acionar o Artigo 50, primeiro deve haver uma legislação primária".
O comparecimento à consulta popular do dia 23 de julho foi de 72,2 por cento. Um total de 17,41 milhões de pessoas, ou 51,9 por cento, escolheram deixar a UE, e 16,14 milhões, ou 48,1 por cento, preferiram continuar no bloco.
Embora as duas candidatas trabalhistas favoritas a suceder Cameron tenham dito que o referendo será implementado, o governo está enfrentando questionamentos legais que indagam se este pode iniciar os procedimentos de desfiliação sem aprovação do parlamento.
A Inglaterra e o País de Gales votaram pela separação, enquanto Escócia, Irlanda do Norte e Gibraltar escolheram a permanência.
"O referendo do Brexit deixou claro que o Reino Unido não é um Estado-nação unido, mas um estado de nações dividido", disse Aidan O’Neill, especialista em lei constitucional e legislação da UE.
"Se é para o Reino Unido sobreviver ao resultado desta votação, é preciso criar um consenso a respeito do rumo a ser tomado".
"Discussões e deliberações bem embasadas dentro e entre nossos parlamentos são a única forma constitucional e apropriada de se obter isto", acrescentou.
Londres - O referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia foi consultivo, portanto cabe aos parlamentares decidirem se o país deve ou não se desfiliar do bloco, disseram mais de mil proeminentes advogados britânico em uma carta ao primeiro-ministro britânico, David Cameron.
Os signatários, que incluem advogados experientes, disseram que os parlamentares deveriam fazer uma votação livre no Parlamento antes que qualquer líder britânico tome a decisão de desencadear o rompimento formal com a UE invocando o Artigo 50 do Tratado de Lisboa.
A carta é a tentativa mais recente dos opositores do chamado "Brexit", a saída britânica da UE, de desacelerar o processo de desfiliação.
Alguns defensores da saída dizem existir uma tentativa calculada de evitar qualquer separação do bloco dificultando qualquer processo com questionamentos políticos e legais.
"Nossa opinião legal é que o referendo foi consultivo", afirmaram os advogados na carta do dia 9 de julho, assinada por 1.054 profissionais. A Reuters obteve uma cópia do documento.
"Acreditamos que, para acionar o Artigo 50, primeiro deve haver uma legislação primária".
O comparecimento à consulta popular do dia 23 de julho foi de 72,2 por cento. Um total de 17,41 milhões de pessoas, ou 51,9 por cento, escolheram deixar a UE, e 16,14 milhões, ou 48,1 por cento, preferiram continuar no bloco.
Embora as duas candidatas trabalhistas favoritas a suceder Cameron tenham dito que o referendo será implementado, o governo está enfrentando questionamentos legais que indagam se este pode iniciar os procedimentos de desfiliação sem aprovação do parlamento.
A Inglaterra e o País de Gales votaram pela separação, enquanto Escócia, Irlanda do Norte e Gibraltar escolheram a permanência.
"O referendo do Brexit deixou claro que o Reino Unido não é um Estado-nação unido, mas um estado de nações dividido", disse Aidan O’Neill, especialista em lei constitucional e legislação da UE.
"Se é para o Reino Unido sobreviver ao resultado desta votação, é preciso criar um consenso a respeito do rumo a ser tomado".
"Discussões e deliberações bem embasadas dentro e entre nossos parlamentos são a única forma constitucional e apropriada de se obter isto", acrescentou.