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Parlamento da Ucrânia suspende sessão devido a distúrbios

A Rada Suprema teve que suspender sua sessão em Kiev após grupos de manifestantes ultranacionalistas enfrentarem a polícia


	A Rada Suprema da Ucrânia: manifestantes atacaram o edifício do parlamento
 (Getty Images)

A Rada Suprema da Ucrânia: manifestantes atacaram o edifício do parlamento (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 10h40.

Kiev - A Rada Suprema (parlamento) da Ucrânia teve que suspender sua sessão em Kiev nesta terça-feira depois que grupos de manifestantes ultranacionalistas enfrentaram a polícia no lado de fora e atacaram o edifício com coquetéis molotov e bombas de fumaça.

De acordo com a polícia, cerca de oito mil manifestantes dos partidos Liberdade e Setor de Direitas se reuniram em frente à sede parlamentar com bandeiras e cartazes para exigir a aprovação de uma lei que reconheça como heróis os integrantes do Exército Insurgente ucraniano, que lutou na Segunda Guerra Mundial contra o Exército Vermelho.

Segundo a imprensa local, os manifestantes enfrentaram milhares de agentes que protegiam o edifício em dois cordões policiais, lançaram explosivos e quebraram vidros de diversas janelas.

O presidente da Rada, Alexander Turchinov, que dirigia uma sessão na qual se aprovaram várias leis, assim como a nomeação de um novo ministro da Defesa, anunciou a suspensão das atividades devido aos distúrbios.

"Agora temos uma sala quase vazia. As provocações começaram perto dos muros da Rada Suprema, tenho certeza que que fizeram isso porque queriam interromper a sessão de hoje. Neste momento, há menos de 226 deputados. Não podemos debater nem aprovar nem uma só questão", declarou.

Representantes dos partidos "Liberdade" e "Setor de Direitas" negaram que seus militantes estivessem envolvidos nos incidentes, que foram atribuídos a provocadores.

A Ucrânia realizará eleições legislativas no dia 26 de outubro para renovar o parlamento pela primeira vez desde a chegada do atual governo do presidente Petro Poroshenko ao poder, após a revolução que acabou com o regime pró-Rússia de Viktor Yanukovich em fevereiro.

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