Caças se preparam para decolar de porta-aviões, para ação contra o Estado Islâmico (Marinha americana/Handout via Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2014 às 08h57.
Toronto - A câmara baixa do parlamento do Canadá aprovou na terça-feira por 157 votos a favor e 134 contra o envio de até seis caças CF-18 Hornet para atacar alvos do Estado Islâmico (EI) no Iraque.
O desdobramento militar canadense também inclui um avião de reabastecimento, dois aviões Aurora de vigilância e cerca de 600 soldados.
Após o voto a favor da participação do Canadá na ofensiva internacional contra os jihadistas, o primeiro-ministro, Stephen Harper, ressaltou em comunicado que a medida "não foi tomada superficialmente ".
"A ameaça que o EI representa é real. Se não a frearmos, esta organização terrorista crescerá rapidamente. É fundamental que atuemos com nossos aliados para conter a expansão do EI na região e reduzir sua capacidade de lançar ataques terroristas fora da região, também contra o Canadá", disse.
Após a decisão, o governo americano celebrou em comunicado a medida adotada pelo parlamento canadense.
"Os Estados Unidos aplaudem o envio canadense de aviões de combate e reabastecimento, assim como de inteligência, vigilância e reconhecimento para participar da campanha de enfraquecimento e destruição do EI no Iraque", indicou a Casa Branca.
No fim de semana, o ministro da Defesa canadense, Rob Nicholson, justificou o envio de aviões de combate para atacar as posições do EI no Iraque porque o grupo representa uma "ameaça direta" contra o Canadá, embora nem ele e nem Harper tenham dado detalhes sobre a existência de planos do EI para atacar o país.
Os dois principais partidos da oposição, o social-democrata Novo Partido Democrático (NPD) e o Partido Liberal (PL), votaram contra a autorização do envio de aviões de combate ao Iraque.
O líder do NPD, Thomas Muclair, disse em comunicado que Harper está colocando o Canadá em um novo conflito no Iraque sem um "plano crível" de atuação.