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Paraguai cogita buscar acordos comerciais fora do Mercosul

O novo presidente Frederico Franco disse que "acabou a tutela de países vizinhos e a imposição sobre o que a Constituição Nacional exige"

Franco: "o Paraguai, ao ser suspenso, está obviamente liberado para tomar qualquer tipo de decisão" (Norberto Duarte/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2012 às 13h01.

Assunção, - O presidente do Paraguai , Federico Franco, declarou nesta sexta-feira, diante da iminente suspensão do país como membro do Mercosul, que "acabou a tutela" das nações vizinhas sobre o Paraguai, e acenou com a possibilidade de buscar acordos comerciais com países de outras partes do mundo.

"A mensagem que estamos levando à comunidade internacional é de que este sempre foi um país livre e independente", afirmou Franco em entrevista coletiva após receber no palácio do governo o vice-presidente Óscar Denis, designado ontem pelo Parlamento.

O governante reiterou que seu "primeiro desafio" é "arrumar a casa" e "entregar um país com governabilidade e estabilidade" ao candidato que sair vencedor das eleições previstas para 2013.

"Depois trataremos mais profundamente da política externa", área em que o ministro das Relações Exteriores, José Félix Fernández Estigarribia, "tem orientações claras de normalizar as relações" com a região sul-americana.

Consultado sobre a rejeição que seu governo vem enfrentando entre os parceiros no Mercosul - Brasil, Argentina e Uruguai - e sobre a suposta tentativa de ingerência interna por parte da Venezuela, Franco respondeu que "acabou a tutela de países vizinhos e a imposição sobre o que a Constituição Nacional exige".

"Vamos agir respeitando rigorosamente a Constituição", ressaltou ao defender novamente a legalidade do julgamento político que destituiu no dia 22 o presidente Fernando Lugo e permitiu a ascensão de Franco, então vice-presidente, seguindo o processo de sucessão previsto na Constituição.

Franco afirmou que o Paraguai, um país que em âmbito econômico depende em vários aspectos de seus dois grandes vizinhos, Brasil e Argentina, estuda aprofundar relações comerciais com outros blocos do mundo, mas preferiu não se estender muito sobre a questão porque "esse é exatamente o jogo" no qual não quer "cair", disse.


"O Paraguai, ao ser suspenso, está obviamente liberado para tomar qualquer tipo de decisão", mas "vamos ponderar custos e benefícios" e "fazer o que for mais conveniente aos interesses da República do Paraguai", anunciou.

Os presidentes do Brasil, da Argentina e do Uruguai se reúnem hoje na cidade argentina de Mendoza para analisar, em uma reunião de cúpula do bloco, a crise do Paraguai, que não foi permitido a participar justamente pelo acontecido há uma semana com Fernando Lugo.

Em reunião prévia realizada ontem em Mendoza, os chanceleres do Mercosul acordaram a suspensão do Paraguai do bloco, provavelmente até as eleições de 2013.

Franco se referiu também à acusação lançada ontem por sua ministra da Defesa, María Liz García, contra o presidente da Venezuela, por haver supostamente tentado provocar uma revolta militar no Paraguai para salvar Lugo.

O governante recém-empossado disse que a ministra e o chanceler Fernández Estigarribia estão lidando diretamente com o assunto, que "é um tema complicado" e "delicado" porque "o país estava passando por momentos cruciais", anunciando ainda que seu país vai tomar medidas de acordo com o "direito e as leis do código militar".

Além disso, Franco anunciou que Fernández Estigarribia vai denunciar internacionalmente que o caso "se trata de uma clara intromissão nos assuntos internos do Paraguai". EFE

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Assunção, - O presidente do Paraguai , Federico Franco, declarou nesta sexta-feira, diante da iminente suspensão do país como membro do Mercosul, que "acabou a tutela" das nações vizinhas sobre o Paraguai, e acenou com a possibilidade de buscar acordos comerciais com países de outras partes do mundo.

"A mensagem que estamos levando à comunidade internacional é de que este sempre foi um país livre e independente", afirmou Franco em entrevista coletiva após receber no palácio do governo o vice-presidente Óscar Denis, designado ontem pelo Parlamento.

O governante reiterou que seu "primeiro desafio" é "arrumar a casa" e "entregar um país com governabilidade e estabilidade" ao candidato que sair vencedor das eleições previstas para 2013.

"Depois trataremos mais profundamente da política externa", área em que o ministro das Relações Exteriores, José Félix Fernández Estigarribia, "tem orientações claras de normalizar as relações" com a região sul-americana.

Consultado sobre a rejeição que seu governo vem enfrentando entre os parceiros no Mercosul - Brasil, Argentina e Uruguai - e sobre a suposta tentativa de ingerência interna por parte da Venezuela, Franco respondeu que "acabou a tutela de países vizinhos e a imposição sobre o que a Constituição Nacional exige".

"Vamos agir respeitando rigorosamente a Constituição", ressaltou ao defender novamente a legalidade do julgamento político que destituiu no dia 22 o presidente Fernando Lugo e permitiu a ascensão de Franco, então vice-presidente, seguindo o processo de sucessão previsto na Constituição.

Franco afirmou que o Paraguai, um país que em âmbito econômico depende em vários aspectos de seus dois grandes vizinhos, Brasil e Argentina, estuda aprofundar relações comerciais com outros blocos do mundo, mas preferiu não se estender muito sobre a questão porque "esse é exatamente o jogo" no qual não quer "cair", disse.


"O Paraguai, ao ser suspenso, está obviamente liberado para tomar qualquer tipo de decisão", mas "vamos ponderar custos e benefícios" e "fazer o que for mais conveniente aos interesses da República do Paraguai", anunciou.

Os presidentes do Brasil, da Argentina e do Uruguai se reúnem hoje na cidade argentina de Mendoza para analisar, em uma reunião de cúpula do bloco, a crise do Paraguai, que não foi permitido a participar justamente pelo acontecido há uma semana com Fernando Lugo.

Em reunião prévia realizada ontem em Mendoza, os chanceleres do Mercosul acordaram a suspensão do Paraguai do bloco, provavelmente até as eleições de 2013.

Franco se referiu também à acusação lançada ontem por sua ministra da Defesa, María Liz García, contra o presidente da Venezuela, por haver supostamente tentado provocar uma revolta militar no Paraguai para salvar Lugo.

O governante recém-empossado disse que a ministra e o chanceler Fernández Estigarribia estão lidando diretamente com o assunto, que "é um tema complicado" e "delicado" porque "o país estava passando por momentos cruciais", anunciando ainda que seu país vai tomar medidas de acordo com o "direito e as leis do código militar".

Além disso, Franco anunciou que Fernández Estigarribia vai denunciar internacionalmente que o caso "se trata de uma clara intromissão nos assuntos internos do Paraguai". EFE

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