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Paraguai cobrará do Brasil revisão de tarifas de Itaipu

Revisão acertada entre os dois países depende de aprovação no Congresso

A usina de Itaipu é responsável por 19% da energia elétrica brasileira (bergie/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2011 às 12h39.

Brasília – O governo do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, vai cobrar do Brasil a execução do acordo da revisão de tarifas de energia de Itaipu, que aguarda votação no Congresso Nacional. A vice-ministra de Minas e Energia paraguaia, Mercedes Canese, afirmou hoje (17) que o assunto foi o principal tema da reunião convocada por Lugo no começo da manhã. A revisão foi negociada em 2009, mas para entrar em vigor depende da aprovação dos deputados e senadores.

As informações são da Presidência da República do Paraguai. A cobrança sobre o tratado de revisão de tarifas deverá ocorrer durante a série de reuniões das autoridades paraguaias com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota. O chanceler está em Assunção para negociar a viagem da presidenta Dilma Rousseff, que deve ocorrer até março.

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Lugo reuniu todos os integrantes da área de energia do país em uma conversa marcada para as 6h. Também participou o comando da Hidrelétrica de Itaipu por parte do Paraguai. Patriota se reúne ainda hoje com Lugo, assim como com o ministro das Relações Exteriores, Hector Lacognata, além de autoridades dos dois países.

O acordo sobre o tratado de revisão de tarifas aguarda votação no Congresso Nacional e não tem data para ocorrer. O texto determina um reajuste de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões sobre a taxa anual de cessão paga ao Paraguai pela energia não usada da Usina de Itaipu.

O Brasil paga atualmente US$ 43,8 pelo megawatt-hora de Itaipu somados a US$ 3,17 pela cessão da energia que o Paraguai não utiliza. O valor da taxa de cessão será de US$ 9,51 tão logo o acordo seja aprovado pelos dois parlamentos. O comércio entre o Brasil e o Paraguai atingiu US$ 3,16 bilhões em 2010, o que representa aumento de 39% em relação a 2009.

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