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Por seu futuro, presidente do Irã desafia líder supremo

Ahmadinejad trocou insultos na rádio estatal com o parlamentar Ali Larijani, atitude proibida pelo aiatolá Ali Khamenei

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 23h00.

Foi um momento extraordinário na história da República Islâmica. Ao vivo, na rádio estatal, o presidente do Irã , Mahmoud Ahmadinejad, e o parlamentar Ali Larijani trocaram insulto após insulto na Assembleia no domingo enquanto deputados chocados gritavam, desaprovando a briga.

A tempestuosa sessão atingiu o pico quando Ahmadinejad apresentou um vídeo que mostrava o irmão de Ali, Fazel Larijani, supostamente pedindo propina em troca de favores políticos a um dos mais próximos aliados de Ahmadinejad, o ex-promotor de Teerã Saeed Mortazavi.

Mas a verdadeira disputa em meio à troca de acusações antepõe Ahmadinejad ao homem no topo do sistema no Irã: o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei.

No final de outubro, Khamenei alertou que qualquer alto funcionário dos três poderes do Estado que discutir publicamente, em particular durante a corrida para a eleição presidencial de junho, seria responsabilizado por traição.

Com a proximidade do final de seu segundo mandato, e sem a possibilidade de concorrer novamente no momento, Ahmadinejad está tão disposto a proteger seu legado e seu bem-estar que este mês ignorou o alerta de Khamenei.

"Desafiar abertamente Khamenei em público é algo sem precedentes. Isso terá repercussões de longo prazo. É uma amostra de que Khamenei não tem a autoridade que já teve", disse o diretor do programa de estudos iranianos da Universidade de Stanford, Abbas Milani.


"Nenhum dos dois presidentes anteriores desafiou publicamente Khamenei da maneira que Ahmadinejad o fez." Para Khamenei e seus seguidores poderosos da Guarda Revolucionária Iraniana, cada desafio descarado do presidente não só corrói a sua autoridade política, mas também afeta a imagem da República Islâmica.

As acusações de irregularidades financeiras e de corrupção entre altos funcionários do governo vêm em um momento em que as sanções econômicas, impostas pelas potências ocidentais que buscam restrições sobre o programa nuclear do Irã, estão afetando duramente o país e milhões de iranianos estão tendo dificuldades para cobrir suas despesas.

"Khamenei tem medo de que com a má situação econômica, o descontentamento econômico poderia se transformar em descontentamento político", disse o pesquisador sênior Mehdi Khalaji, do Instituto de Washington para a Política do Oriente Próximo.

Em vez de seguir a linha do governo e culpar as sanções do Ocidente por seus problemas econômicos, as pessoas podem começar a culpar os políticos: "Esta é uma grande preocupação dele", disse Khalaji.

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Foi um momento extraordinário na história da República Islâmica. Ao vivo, na rádio estatal, o presidente do Irã , Mahmoud Ahmadinejad, e o parlamentar Ali Larijani trocaram insulto após insulto na Assembleia no domingo enquanto deputados chocados gritavam, desaprovando a briga.

A tempestuosa sessão atingiu o pico quando Ahmadinejad apresentou um vídeo que mostrava o irmão de Ali, Fazel Larijani, supostamente pedindo propina em troca de favores políticos a um dos mais próximos aliados de Ahmadinejad, o ex-promotor de Teerã Saeed Mortazavi.

Mas a verdadeira disputa em meio à troca de acusações antepõe Ahmadinejad ao homem no topo do sistema no Irã: o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei.

No final de outubro, Khamenei alertou que qualquer alto funcionário dos três poderes do Estado que discutir publicamente, em particular durante a corrida para a eleição presidencial de junho, seria responsabilizado por traição.

Com a proximidade do final de seu segundo mandato, e sem a possibilidade de concorrer novamente no momento, Ahmadinejad está tão disposto a proteger seu legado e seu bem-estar que este mês ignorou o alerta de Khamenei.

"Desafiar abertamente Khamenei em público é algo sem precedentes. Isso terá repercussões de longo prazo. É uma amostra de que Khamenei não tem a autoridade que já teve", disse o diretor do programa de estudos iranianos da Universidade de Stanford, Abbas Milani.


"Nenhum dos dois presidentes anteriores desafiou publicamente Khamenei da maneira que Ahmadinejad o fez." Para Khamenei e seus seguidores poderosos da Guarda Revolucionária Iraniana, cada desafio descarado do presidente não só corrói a sua autoridade política, mas também afeta a imagem da República Islâmica.

As acusações de irregularidades financeiras e de corrupção entre altos funcionários do governo vêm em um momento em que as sanções econômicas, impostas pelas potências ocidentais que buscam restrições sobre o programa nuclear do Irã, estão afetando duramente o país e milhões de iranianos estão tendo dificuldades para cobrir suas despesas.

"Khamenei tem medo de que com a má situação econômica, o descontentamento econômico poderia se transformar em descontentamento político", disse o pesquisador sênior Mehdi Khalaji, do Instituto de Washington para a Política do Oriente Próximo.

Em vez de seguir a linha do governo e culpar as sanções do Ocidente por seus problemas econômicos, as pessoas podem começar a culpar os políticos: "Esta é uma grande preocupação dele", disse Khalaji.

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