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Para Netanyahu, é inevitável haver vítimas civis em ataques

Primeiro-ministro de Israel culpou o grupo islamita Hamas pelo massacre na Faixa de Gaza


	Benjamin Netanyahu: ele culpou o movimento Hamas pelo massacre em Gaza
 (Gali Tibbon/AFP)

Benjamin Netanyahu: ele culpou o movimento Hamas pelo massacre em Gaza (Gali Tibbon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 17h05.

Paris - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira que considera "inevitável" haver vítimas civis na atual ofensiva contra o Hamas em Gaza, mas responsabilizou o movimento islamita por essas mortes.

"Lamentamos cada vítima civil, mas elas são responsabilidade do Hamas, que lança foguetes contra nossas cidades, e o faz a partir de locais onde há civis: hospitais, escolas, mesquitas", disse Netanyahu em entrevista concedida à emissora francesa "i-Télé".

Para Netanyahu, o Hamas comete um duplo crime de guerra, ao "apontar contra civis e se esconder atrás deles, e ainda espera que o mundo condene Israel por ter lançado essa intervenção legítima de autodefesa", em alusão à operação "Limite Protetor", que começou em 8 de julho.

Os últimos dados das Nações Unidas indicam que desde que começou a ofensiva israelense em Gaza 1.843 palestinos morreram, 85% deles civis, enquanto do lado israelense foram 64 soldados e dois civis mortos.

"É inevitável que haja vítimas civis", disse Netanyahu. "É certo que é um massacre, mas é consequência da atuação do Hamas. Israel está em uma posição de autodefesa. Nós apontamos contra alvos militares e terroristas e se civis morrem é por acidente".

Segundo o primeiro-ministro israelense, os integrantes do movimento islamita apontam "deliberadamente" contra alvos civis israelenses, e são eles que cometem crimes de guerra ao utilizar cidadãos como escudos humanos.

"A maior tirania em Gaza vem do fato de ter sido tomada como refém pelo Hamas", disse Netanyahu, que definiu o grupo como uma "organização terrorista que deseja matar" o povo israelense "e seu próprio povo".

Ele advertiu que se o Hamas voltar a atacar a Israel, seu país "disparará contra o que disparar contra ele", e assinalou que essa batalha afeta também outros países, porque "se não forem solidários, é questão de tempo que a peste do terrorismo" vá em direção aos outros.

Netanyahu ressaltou que a paz será alcançada no dia em que "os palestinos reconhecerem o Estado de Israel", e se defendeu das críticas lançadas por parte da comunidade internacional e da opinião pública contra a atual ofensiva.

"As pessoas não conhecem a verdade. A verdade é que Israel é uma democracia que teve imposta uma guerra contra um inimigo particularmente cruel que não obedece a nenhuma lei", criticou Netanyahu.

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