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Para FBI, antifas não estavam envolvidos em tumultos violentos nos EUA

Constatação é de relatório do FBI visto pela revista The Nation; Trump disse que designaria antifas como organização terrorista após tumultos em Washington

Protestos em Washington: não há indícios de participação antifa nos episódios de violência do último final de semana, diz FBI (Jim Bourg/Reuters)

Gabriela Ruic

Publicado em 3 de junho de 2020 às 11h00.

Última atualização em 3 de junho de 2020 às 11h01.

O FBI não tem qualquer indício de que pessoas associadas ao movimento “antifa” tenham envolvimento nos episódios de violência que aconteceram no último domingo, 31 de maio, em alguns dos protestos pela morte de George Floyd nos Estados Unidos (EUA), principalmente em Washington. A informação foi revelada pela revista The Nation, que teve acesso ao relatório produzido pela unidade, e está repercutindo na imprensa americana.

Naquele dia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou via Twitter que iria designar o movimento antifa como uma organização terrorista. Na esteira do comentário do republicano, o procurador-geral dos EUA, William Barr, disse que “a violência instigada pelos ‘antifas’ e outros grupos em conexão com as revoltas é terrorismo doméstico e será tratado como tal”.

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O FBI, no entanto, continuou o The Nation, no relatório, concluiu após investigações que a presença ou envolvimento desse movimento não foi detectada. Ainda de acordo com a publicação, que ouviu fontes relacionadas ao caso, o FBI vem produzindo relatórios diários desde o último final de semana, quando a tensão na capital americana escalou e resultou até na ida de Trump para o bunker da Casa Branca, e nenhum deles trouxe à tona sinais dessa participação.

Por outro lado, a unidade alertou para o envolvimento de pessoas ligadas aos movimentos de extrema-direita, que estariam incitando seus seguidores a “atacar agentes federais e usar armas automáticas contra manifestantes” que estivessem nas ruas protestando contra o racismo e a violência policial.

Ainda segundo o The Nation, no ano passado, o FBI havia colocado grupos de supremacistas brancos no topo das prioridades de combate em terrorismo doméstico.

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