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Paquistão rejeita insinuações dos EUA sobre possíveis vazamentos

Chefe da CIA insinua que o país não era confiável para compartilhar informações sobre a operação da equipe Seal

Ministro Bashir qualificou a opinião de Panetta da CIA como "perturbadora", porque ele acredita que seu país tem papel central na luta antiterrorista (Getty Images)

Ministro Bashir qualificou a opinião de Panetta da CIA como "perturbadora", porque ele acredita que seu país tem papel central na luta antiterrorista (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 07h21.

Londres - O ministro das Relações Exteriores paquistanês, Salman Bashir, rejeitou nesta quarta-feira as insinuações do Governo americano de que o país asiático não seria suficientemente confiável para receber informações prévias sobre a operação contra Osama bin Laden.

Segundo o chefe da CIA, Leon Panetta, por este motivo Washington não compartilhou nenhum tipo de informação sobre a operação com o Governo paquistanês.

Em declarações à rede "BBC", Bashir qualificou a opinião de Panetta de "perturbadora" e disse que seu país tem um "papel central" na luta antiterrorista.

O terrorista mais procurado do mundo morreu no domingo em uma operação das forças especiais dos Estados Unidos na cidade paquistanesa de Abbottabad, nas proximidades da Academia Militar do país.

O ministro paquistanês assinalou que o chefe da CIA tem o direito de pensar da maneira que quiser, mas disse que o Paquistão cooperou amplamente com os EUA.

Em sua entrevista à "BBC", Bashir indicou que há algum tempo os próprios serviços de inteligência paquistaneses haviam identificado como suspeito o complexo residencial de Abbottabad.

No entanto, graças a seus maiores recursos, foi a CIA que determinou que bin Laden estava escondido no local.

Na terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores paquistanês publicou um comunicado no qual expressava sua "profunda preocupação e reservas" sobre a ação americana, que representa uma violação da soberania do país asiático.

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