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Papa viaja ao Benin, reflexo de esperanças e dificuldades da Igreja

O Papa entregará a delegações de bispos de todo o continente um documento que tem como objetivo enfrentar o terceiro milênio e suas mudanças

Bento XVI fará sua segunda viagem ao continente africano (Gabriel Bouys/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2011 às 10h53.

Cidade do Vaticano - O papa Bento XVI realiza de 18 a 20 de novembro a sua segunda viagem à África no Benin, pequeno país democrático que reflete os problemas e esperanças dos católicos no continente africano.

O Papa entregará a delegações de bispos de todo o continente um documento elaborado no sínodo africano de 2009, que tem como objetivo enfrentar o terceiro milênio e suas mudanças: desenvolvimento desigual, enfraquecimento dos poderes tradicionais, concorrência das igrejas pentecostais.

Durante a visita, organizada em ocasião dos 150 anos da evangelização do oeste da África, o Papa entregará aos bispos do continente africano este documento, uma "exortação apostólica".

Isso será realizado em Ouidah, a 40 km da capital econômica Cotonu, diante do túmulo do cardeal Bernardin Gantin, um dos pais do Catolicismo africano, falecido em 2008.

Esta pequena cidade litorânea é altamente simbólica: lá chegaram os primeiros missionários brancos há 150 anos, e nela foi criado o maior seminário da África Ocidental.

Também nesta localidade teve início o tráfico de escravos para o Novo Mundo. Além disso, Ouidah é um dos berços do vodu, religião tradicional mais conhecida desta região da África.


Bento XVI se reunirá com o presidente Thomas Boni Yayi, membros do governo e líderes das principais religiões, entre eles sacerdotes, seminaristas, religiosos e laicos. O Papa visitará um centro de caridade de Madre Teresa de Calcutá e se reunirá com um grupo de crianças de uma paróquia.

A recepção dos católicos do Benin --cerca de três milhões, 34% da população-- promete ser calorosa, e muitos fiéis virão de países vizinhos.

Ex-colônia francesa, conhecida com o nome de Daomé pelo nome de um antigo reino local, o país conquistou a independência no dia 1º de agosto de 1960 e em 1975 adotou o nome atual de República do Benin.

Quando em 2009 visitou pela primeira vez a África --em Angola e Camarões-- Bento XVI "descobriu uma fé viva" que atravessava uma "mudança antropológica total", segundo Mario Giro, da Comunidade Sant'Egidio e mediador de vários conflitos internos africanos.

Mas o Papa também é "esperado ansiosamente para pôr um pouco de ordem na casa" católica, disse à AFP um observador local.

Dois bispos, entre eles o arcebispo de Cotonu, Marcel Honorat Agboton, foram destituídos por denúncias de escândalos sexuais e corrupção. Outros religiosos vivem com companheiras e, além disso, muitos católicos são adeptos dos cultos tradicionais locais.

Neste contexto, a Igreja Católica começa a sofrer a concorrência do Islã, que tem uma influência discreta, mas crescente no país. Por outro lado, os católicos enfrentam a proliferação de igrejas pentecostais, que propõem uma fé simplificada, que promete a salvação em troca de ofertas financeiras.

Esta é a viagem ao exterior de número 22 de Bento XVI, de 84 anos. Em 2011 o Papa visitou Croácia, Espanha e Alemanha. Nenhuma viagem foi programada para 2012.

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Cidade do Vaticano - O papa Bento XVI realiza de 18 a 20 de novembro a sua segunda viagem à África no Benin, pequeno país democrático que reflete os problemas e esperanças dos católicos no continente africano.

O Papa entregará a delegações de bispos de todo o continente um documento elaborado no sínodo africano de 2009, que tem como objetivo enfrentar o terceiro milênio e suas mudanças: desenvolvimento desigual, enfraquecimento dos poderes tradicionais, concorrência das igrejas pentecostais.

Durante a visita, organizada em ocasião dos 150 anos da evangelização do oeste da África, o Papa entregará aos bispos do continente africano este documento, uma "exortação apostólica".

Isso será realizado em Ouidah, a 40 km da capital econômica Cotonu, diante do túmulo do cardeal Bernardin Gantin, um dos pais do Catolicismo africano, falecido em 2008.

Esta pequena cidade litorânea é altamente simbólica: lá chegaram os primeiros missionários brancos há 150 anos, e nela foi criado o maior seminário da África Ocidental.

Também nesta localidade teve início o tráfico de escravos para o Novo Mundo. Além disso, Ouidah é um dos berços do vodu, religião tradicional mais conhecida desta região da África.


Bento XVI se reunirá com o presidente Thomas Boni Yayi, membros do governo e líderes das principais religiões, entre eles sacerdotes, seminaristas, religiosos e laicos. O Papa visitará um centro de caridade de Madre Teresa de Calcutá e se reunirá com um grupo de crianças de uma paróquia.

A recepção dos católicos do Benin --cerca de três milhões, 34% da população-- promete ser calorosa, e muitos fiéis virão de países vizinhos.

Ex-colônia francesa, conhecida com o nome de Daomé pelo nome de um antigo reino local, o país conquistou a independência no dia 1º de agosto de 1960 e em 1975 adotou o nome atual de República do Benin.

Quando em 2009 visitou pela primeira vez a África --em Angola e Camarões-- Bento XVI "descobriu uma fé viva" que atravessava uma "mudança antropológica total", segundo Mario Giro, da Comunidade Sant'Egidio e mediador de vários conflitos internos africanos.

Mas o Papa também é "esperado ansiosamente para pôr um pouco de ordem na casa" católica, disse à AFP um observador local.

Dois bispos, entre eles o arcebispo de Cotonu, Marcel Honorat Agboton, foram destituídos por denúncias de escândalos sexuais e corrupção. Outros religiosos vivem com companheiras e, além disso, muitos católicos são adeptos dos cultos tradicionais locais.

Neste contexto, a Igreja Católica começa a sofrer a concorrência do Islã, que tem uma influência discreta, mas crescente no país. Por outro lado, os católicos enfrentam a proliferação de igrejas pentecostais, que propõem uma fé simplificada, que promete a salvação em troca de ofertas financeiras.

Esta é a viagem ao exterior de número 22 de Bento XVI, de 84 anos. Em 2011 o Papa visitou Croácia, Espanha e Alemanha. Nenhuma viagem foi programada para 2012.

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