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Papa diz que as "bombas" no Vaticano são as "fofocas"

Alusão à segurança do Vaticano foi feita depois da informação de que a proteção do Estado foi reforçada por uma suposta ameaça de ataques jihadistas

O papa Francisco: "A pior bomba que existe dentro do Vaticano é a fofoca" (Gabriel Bouys/AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 17h48.

Cidade do Vaticano  - O papa Francisco disse ao Corpo da Gendarmaria, responsável pela segurança, que já "há bombas dentro" em alusão ao que classificou como "fofocas" em relação com uma suposta ameaça jihadista contra o Vaticano , informou nesta segunda-feira "L"Osservatore Romano".

"Vocês, os sentinelas, vigiem as portas, as janelas, para que não entre uma bomba, mas quero dizer uma coisa um pouco triste: há bombas dentro, há bombas perigosíssimas dentro", e acrescentou que se referia "as fofocas", dos que disse que são o "joio" e "uma bomba que destrói a vida".

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As falas do papa foram feitas durante a homilia de uma missa realizada no sábado passado, mas o conteúdo foi divulgado apenas nesta segunda-feira pelo jornal oficial do Vaticano.

"A pior bomba que existe dentro do Vaticano é a fofoca", garantiu o papa.

Não é a primeira vez que Francisco se refere ao tema. Em fevereiro deste ano, o ele declarou perante os fiéis na Praça de São Pedro que "as fofocas podem matar, porque matam a fama das pessoas".

O pontífice, que em vários discursos criticou o vício de fazer fofocas e suas repercussões, também no seio da Igreja Católica, acrescentou: "no começo, pode parecer divertido", mas "depois contar fofocas nos enche o coração de amargura e envenena a nós mesmos".

A alusão à segurança do Vaticano neste fim de semana foi feita pelo papa depois que a imprensa italiana informou que a proteção do pequeno Estado foi reforçada por uma suposta ameaça de ataques jihadistas.

No começo deste mês, o vice-presidente do Comitê Parlamentar para a Segurança da República Italiana (COPASIR), Giuseppe Esposito, reconheceu que existe risco de que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) atente contra o Vaticano, mas reforçou que esta ameaça está controlada. O autoproclamado califa do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, afirmou em julho que queria "conquistar Roma e o Vaticano".

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