Papa pede que minorias possam viver sua fé com liberdade na Ásia
No 1º vídeo de 2018, o papa disse que a Igreja Católica "enfrenta muitos riscos" e que "sua tarefa é ainda mais difícil pelo fato de constituir uma minoria"
EFE
Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 09h17.
Cidade do Vaticano - O papa Francisco pediu nesta sexta-feira (5) que os cristãos e o resto das minorias religiosas "possam viver sua fé com toda liberdade" na Ásia , em um vídeo publicado um mês após viajar à Mianmar e Bangladesh.
Francisco fez estas reflexões em uma gravação publicada nas redes sociais e que faz parte da iniciativa "O Vídeo do Papa", com a qual o pontífice aborda mensalmente os principais desafios da atualidade.
Neste primeiro vídeo de 2018, Francisco sublinha que a Igreja Católica "enfrenta muitos riscos" no "mundo cultural da Ásia" e que "sua tarefa é ainda mais difícil pelo fato de constituir uma minoria".
"Estes riscos, estes desafios, são compartilhados com outras tradições religiosas minoritárias às quais nos unimos por um desejo de sabedoria verdadeira", comentou.
Francisco lamentou que no mundo haja pessoas que são perseguidas pela sua fé e elogiou os "homens e mulheres que lutam por não renunciar à sua identidade religiosa".
"Peço por todos eles, para que nos países asiáticos os cristãos, como também as outras minorias religiosas, possam viver sua fé com toda liberdade", concluíu.
Não é a primeira vez que Francisco pede pelos cristãos na Ásia, já que em novembro realizou uma chamada similar em outro vídeo publicado antes de sua viagem ao continente.
Francisco visitou Mianmar e Bangladesh em um das suas viagens mais difíceis em meio à crise dos rohingyas, quando mais de 600 mil membros desta minoria muçulmana fugiram para Bangladesh devido à operação lançada pelo Exército birmanês contra eles.
No voo de retorno à Itália, Francisco assegurou que sua mensagem em defesa desta perseguida minoria tinha conseguido chegar a todos.
"O vídeo do papa "é uma iniciativa da denominada Rede Mundial de Oração e foi impulsionado pelo próprio Francisco, coincidindo com a comemoração do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que aconteceu de dezembro de 2015 a novembro de 2016.