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Papa diz que não ficou ofendido por "crucifixo comunista"

O pontífice disse não estar ofendido pelo "crucifixo comunista" entregue a ele pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, durante seu giro pela América do Sul

Evo Morales (E) e papa Francisco: crucifixo é uma réplica do desenhado por um sacerdote jesuíta (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2015 às 23h02.

Roma - O papa Francisco disse não estar ofendido pelo "crucifixo comunista" entregue a ele pelo presidente da Bolívia , Evo Morales, durante seu giro pela América do Sul.

Morales surpreendeu o pontífice com seu presente pouco usual - um crucifixo talhado e unido ao símbolo comunista da foice e do martelo -, quando ele chegou a La Paz na quarta-feira.

O crucifixo é uma réplica do desenhado por um sacerdote jesuíta, o padre Luis Espinal, torturado e assassinado por esquadrões paramilitares bolivianos em 1980. Francisco orou no local do homicídio de Espinal, em sua chegada à Bolívia.

O crucifixo modificado causou assombro em alguns, que se perguntavam se Morales, cuja retórica socialista e anticlerical é conhecida, tratava de fazer um comentário político questionável e possivelmente sacrílego, misturando fé e ideologia.

Francisco, um jesuíta nascido na Argentina, disse que Espinal era conhecido entre seus companheiros da ordem como um defensor da Teologia da Libertação, de orientação marxista.

O Vaticano se opôs na época a essa linha, temendo que os marxistas usassem o postulado da Teologia da Libertação conhecido como "opção pelos pobres" para provocar uma revolução armada contra governos de extrema-direita que comandavam a América Latina nas décadas de 1970 e 1980.

Durante uma entrevista coletiva na viagem de volta a Roma na noite do domingo, Francisco disse que interpretou o presente de Morales a partir da orientação marxista de Espinal e considerou o objeto como uma manifestação artística de protesto. "Compreendo seu trabalho [do sacerdote]. Para mim não foi uma ofensa", afirmou. Ele acrescentou que levava o crucifixo de volta ao Vaticano. Fonte: Associated Press.

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Roma - O papa Francisco disse não estar ofendido pelo "crucifixo comunista" entregue a ele pelo presidente da Bolívia , Evo Morales, durante seu giro pela América do Sul.

Morales surpreendeu o pontífice com seu presente pouco usual - um crucifixo talhado e unido ao símbolo comunista da foice e do martelo -, quando ele chegou a La Paz na quarta-feira.

O crucifixo é uma réplica do desenhado por um sacerdote jesuíta, o padre Luis Espinal, torturado e assassinado por esquadrões paramilitares bolivianos em 1980. Francisco orou no local do homicídio de Espinal, em sua chegada à Bolívia.

O crucifixo modificado causou assombro em alguns, que se perguntavam se Morales, cuja retórica socialista e anticlerical é conhecida, tratava de fazer um comentário político questionável e possivelmente sacrílego, misturando fé e ideologia.

Francisco, um jesuíta nascido na Argentina, disse que Espinal era conhecido entre seus companheiros da ordem como um defensor da Teologia da Libertação, de orientação marxista.

O Vaticano se opôs na época a essa linha, temendo que os marxistas usassem o postulado da Teologia da Libertação conhecido como "opção pelos pobres" para provocar uma revolução armada contra governos de extrema-direita que comandavam a América Latina nas décadas de 1970 e 1980.

Durante uma entrevista coletiva na viagem de volta a Roma na noite do domingo, Francisco disse que interpretou o presente de Morales a partir da orientação marxista de Espinal e considerou o objeto como uma manifestação artística de protesto. "Compreendo seu trabalho [do sacerdote]. Para mim não foi uma ofensa", afirmou. Ele acrescentou que levava o crucifixo de volta ao Vaticano. Fonte: Associated Press.

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