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Papa chega a Cuba para encontro com patriarca ortodoxo

Encontro entre os chefes da igreja católica e ortodoxa é o primeiro em quase mil anos

Papa Francisco ao lado de Raul Castro, durante a chegada do líder religioso a Havana, Cuba (Reuters/Alexandre Meneghini)
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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 17h08.

Havana - O papa Francisco aterrissou nesta sexta-feira em Havana para reunir-se com o patriarca Kirill, um encontro histórico que procura abrir uma nova etapa de diálogo entre as igrejas católica e ortodoxa após quase mil anos de cisma.

A primeira reunião entre os primados das duas Igrejas cristãs desde 1054, que durará duas horas, vai acontecer no próprio aeroporto José Martí da capital cubana, onde depois assinarão uma declaração conjunta.

O avião papal aterrissou na capital cubana às 14h (horário local, 17h de Brasília) em uma breve escala de algumas horas na ilha antes de iniciar sua viagem oficial ao México, e ali foi recebido na pista do aeroporto pelo presidente de Cuba, Raúl Castro.

Também lhe receberam o cardeal Jaime Ortega, principal autoridade na hierarquia católica da ilha, e o arcebispo de Santiago de Cuba e presidente da Conferência de Bispos, Dionisio García.

Na reunião entre Francisco e Kirill, que será realizada a portas fechadas, espera-se que sejam abordados assuntos como a defesa do cristianismo, perseguido no Oriente Médio e no norte da África frente ao avanço do jihadismo.

Também está previsto que tratem outros temas da agenda global como a guerra na Síria e a crise dos refugiados; a situação da Ucrânia, onde as duas igrejas têm presença; e o terrorismo internacional.

Embora se trate apenas de um primeiro contato, é um gesto muito significativo na distensão entre as igrejas católica e ortodoxa - separadas no cisma de 1054 - que tentam agora uma aproximação possível graças, em grande medida, à disposição para o diálogo tanto de Francisco como de Kirill.

As relações entre ortodoxos e católicos melhoraram muito desde a entronização de Francisco, mas poucos esperavam uma reunião agora, embora seja em um território neutro como Cuba, um encontro que abre a porta a uma possível visita do pontífice à Rússia, uma das questões pendentes do Vaticano.

Por volta das 17h (19h de Brasília), Francisco continuará sua rumo ao México, enquanto Kirill permanecerá na ilha até domingo, quando oficiará uma liturgia na Catedral de Nossa Senhora de Kazan, único templo ortodoxo na ilha que conta com 15.000 fiéis.

Francisco já havia viajado para Cuba no último mês de setembro, na terceira visita de um papa à ilha, como parte de uma viagem que também lhe levou aos Estados Unidos, os dois países que restabeleceram no ano passado seus vínculos diplomáticos, em um processo que contou com a mediação do Vaticano. EFE

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Havana - O papa Francisco aterrissou nesta sexta-feira em Havana para reunir-se com o patriarca Kirill, um encontro histórico que procura abrir uma nova etapa de diálogo entre as igrejas católica e ortodoxa após quase mil anos de cisma.

A primeira reunião entre os primados das duas Igrejas cristãs desde 1054, que durará duas horas, vai acontecer no próprio aeroporto José Martí da capital cubana, onde depois assinarão uma declaração conjunta.

O avião papal aterrissou na capital cubana às 14h (horário local, 17h de Brasília) em uma breve escala de algumas horas na ilha antes de iniciar sua viagem oficial ao México, e ali foi recebido na pista do aeroporto pelo presidente de Cuba, Raúl Castro.

Também lhe receberam o cardeal Jaime Ortega, principal autoridade na hierarquia católica da ilha, e o arcebispo de Santiago de Cuba e presidente da Conferência de Bispos, Dionisio García.

Na reunião entre Francisco e Kirill, que será realizada a portas fechadas, espera-se que sejam abordados assuntos como a defesa do cristianismo, perseguido no Oriente Médio e no norte da África frente ao avanço do jihadismo.

Também está previsto que tratem outros temas da agenda global como a guerra na Síria e a crise dos refugiados; a situação da Ucrânia, onde as duas igrejas têm presença; e o terrorismo internacional.

Embora se trate apenas de um primeiro contato, é um gesto muito significativo na distensão entre as igrejas católica e ortodoxa - separadas no cisma de 1054 - que tentam agora uma aproximação possível graças, em grande medida, à disposição para o diálogo tanto de Francisco como de Kirill.

As relações entre ortodoxos e católicos melhoraram muito desde a entronização de Francisco, mas poucos esperavam uma reunião agora, embora seja em um território neutro como Cuba, um encontro que abre a porta a uma possível visita do pontífice à Rússia, uma das questões pendentes do Vaticano.

Por volta das 17h (19h de Brasília), Francisco continuará sua rumo ao México, enquanto Kirill permanecerá na ilha até domingo, quando oficiará uma liturgia na Catedral de Nossa Senhora de Kazan, único templo ortodoxo na ilha que conta com 15.000 fiéis.

Francisco já havia viajado para Cuba no último mês de setembro, na terceira visita de um papa à ilha, como parte de uma viagem que também lhe levou aos Estados Unidos, os dois países que restabeleceram no ano passado seus vínculos diplomáticos, em um processo que contou com a mediação do Vaticano. EFE

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