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Palestinos condenam política americana de "extremistas"

Porta-voz do governo palestino denunciou política estrangeira dirigida por "um grupo onde alguns não têm a maturidade política"

Assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada (Ammar Awad/Reuters)

Assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada (Ammar Awad/Reuters)

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AFP

Publicado em 9 de junho de 2019 às 12h23.

O governo palestino denunciou uma política americana feita por "extremistas" sem "maturidade política" e condenou as declarações do embaixador dos Estados Unidos em Israel, segundo as quais o Estado hebreu tem direito a anexar "uma parte" da Cisjordânia ocupada.

"Sob algumas circunstâncias (...) acho que Israel tem direito a conservar uma parte da Cisjordânia, mas não toda", disse ontem em entrevista ao jornal "The New York Times" o embaixador americano no Estado hebreu, David Friedman.

Em um comunicado publicado no sábado (8) à noite, o porta-voz do governo palestino, Ibrahim Melhem, condenou as declarações de Friedman e denunciou uma política estrangeira dirigida por "um grupo onde alguns não têm a maturidade política necessária e entre os quais há extremistas".

No Twitter, o número dois da Organização para Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, classificou Friedman de "embaixador extremista dos colonos" israelenses. E acrescentou: "sua visão consiste em anexar um território ocupado, um crime de guerra segundo o Direito Internacional".

Considerada ilegal segundo o Direito Internacional, a colonização da Cisjordânia ocupada e de Jerusalém Oriental anexada continuou sob os governos israelenses desde 1967.

Mais de 600.000 colonos israelenses mantêm uma coexistência, às vezes conflitiva, com cerca de três milhões de palestinos.

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