Países criam plano para enfrentar mudanças climáticas
Programa prevê possíveis reassentamentos de populações amazônicas que possam ser prejudicadas pela cheia do Amazonas como consequência das variações climáticas
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 17h02.
Lima - Os países da região amazônica elaboram um programa de ações estratégicas para dar um manejo integrado e sustentável aos recursos hídricos que o rio Amazonas fornece e enfrentar, assim, os desafios das mudanças climáticas que os ameaçam, informou a entidade nesta sexta-feira.
O objetivo da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) é adotar ações com o propósito de promover uma visão de conjunto do desenvolvimento da bacia amazônica, assim como da gestão da água e de seu ecossistema, afirmou Mauricio Dorfler, diretor da secretaria da OTCA.
Integrada por Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, a organização terá o programa pronto em junho de 2014 e terá uma visão adotada pelos países por consenso.
"É um dos mais amplos desafios em 35 anos de existência do Tratado Amazônico", observou o funcionário durante a mesa redonda Avanços e Desafios da Amazônia perante os desafios das mudanças climáticas, com a presença de embaixadores de oito países envolvidos.
A OCTA está em processo de relançamento e desde 2010 se incorporou o problema das mudanças climáticas como eixo de atuação do organismo.
Atualmente, a organização executa 126 programas ao longo da região amazônica, a maioria vinculados a temas ambientais e executa pelo menos 30 pesquisas sobre recursos hídricos.
"Faz-se um diagnóstico geral sobre os ciclos hidrológicos para determinar se foram afetados pelas mudanças climáticas", disse Dorfler, ao destacar que se estuda, ainda, o aumento da vazão do Amazônias e dos rios que formam sua bacia.
O programa, atualmente em elaboração, prevê também possíveis reassentamentos de populações amazônicas que possam ser prejudicadas pela cheia do Amazonas como consequência das variações climáticas.
A título de exemplo, mencionou que no delta do Amazonas, no Brasil, algumas ilhas correm perigo devido ao aumento da vazão do rio que chega ao Atlântico.
O sistema do rio Amazonas, com 6.900 km de extensão desde que nasce nos Andes peruanos até a costa atlântica brasileira, representa mais de 15% da vazão global anual, superando a descarga conjunta dos nove rios que o seguem em tamanho, segundo a OTCA.
A bacia amazônica, que abrange 7,5 milhões de quilômetros quadrados, é o hábitat de um terço das espécies do planeta, com cerca de 40 milhões de habitantes, entre eles 385 povos indígenas.
Lima - Os países da região amazônica elaboram um programa de ações estratégicas para dar um manejo integrado e sustentável aos recursos hídricos que o rio Amazonas fornece e enfrentar, assim, os desafios das mudanças climáticas que os ameaçam, informou a entidade nesta sexta-feira.
O objetivo da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) é adotar ações com o propósito de promover uma visão de conjunto do desenvolvimento da bacia amazônica, assim como da gestão da água e de seu ecossistema, afirmou Mauricio Dorfler, diretor da secretaria da OTCA.
Integrada por Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, a organização terá o programa pronto em junho de 2014 e terá uma visão adotada pelos países por consenso.
"É um dos mais amplos desafios em 35 anos de existência do Tratado Amazônico", observou o funcionário durante a mesa redonda Avanços e Desafios da Amazônia perante os desafios das mudanças climáticas, com a presença de embaixadores de oito países envolvidos.
A OCTA está em processo de relançamento e desde 2010 se incorporou o problema das mudanças climáticas como eixo de atuação do organismo.
Atualmente, a organização executa 126 programas ao longo da região amazônica, a maioria vinculados a temas ambientais e executa pelo menos 30 pesquisas sobre recursos hídricos.
"Faz-se um diagnóstico geral sobre os ciclos hidrológicos para determinar se foram afetados pelas mudanças climáticas", disse Dorfler, ao destacar que se estuda, ainda, o aumento da vazão do Amazônias e dos rios que formam sua bacia.
O programa, atualmente em elaboração, prevê também possíveis reassentamentos de populações amazônicas que possam ser prejudicadas pela cheia do Amazonas como consequência das variações climáticas.
A título de exemplo, mencionou que no delta do Amazonas, no Brasil, algumas ilhas correm perigo devido ao aumento da vazão do rio que chega ao Atlântico.
O sistema do rio Amazonas, com 6.900 km de extensão desde que nasce nos Andes peruanos até a costa atlântica brasileira, representa mais de 15% da vazão global anual, superando a descarga conjunta dos nove rios que o seguem em tamanho, segundo a OTCA.
A bacia amazônica, que abrange 7,5 milhões de quilômetros quadrados, é o hábitat de um terço das espécies do planeta, com cerca de 40 milhões de habitantes, entre eles 385 povos indígenas.