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Países árabes devem pedir votação sobre Estado palestino

Chanceleres árabes preparam uma resolução que estabelece um prazo para a criação do Estado

Reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o Oriente Médio (Stan Honda/AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2014 às 12h50.

Cairo - Chanceleres árabes se reuniram neste sábado para escrever o esboço de uma resolução que estabelece um prazo para a criação do Estado palestino e define uma data para que a projeto seja apresentado ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas ( ONU ) para votação.

Em outubro, os palestinos informalmente compartilharam o esboço de uma resolução com os países árabes e alguns membros do Conselho pedindo o fim da ocupação israelense até novembro de 2016.

O texto não foi formalmente distribuído para o Conselho, que é formado por 15 nações, uma medida que só pode ser feita por um país membro. Não está claro se a resolução será colocada em votação.

Estados árabes já apoiaram a ideia de apresentar uma resolução ao Conselho de Segurança da ONU, mas ainda precisam finalizar o texto e definir uma data para apresentá-la.

Na abertura de uma sessão da Liga Árabe no Cairo, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou que a resolução será discutida “para ser entregue ao Conselho de Segurança”.

O chefe da Liga Árabe, Nabil al-Araby, aparentemente sugeriu que o texto final seria endossado e enviado para votação.

“É natural que a questão da Palestina vá para o Conselho de Segurança da ONU, para a emissão de uma resolução que estabeleça um prazo para o fim da ocupação”, afirmou.

Palestinos reivindicam um Estado na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza, sendo Jerusalém Oriental a capital. Essas terras foram capturadas por Israel na guerra de 1967.

Israel aceita a ideia de uma "solução de dois países", de um Estado palestino independente e democrático convivendo com o país judeu, mas não aceita as fronteiras de 1967 como base para as negociações finais, citando, entre outras coisas, preocupações com a segurança.

A última rodada de esforços para a construção de uma resolução conjunta fracassou em abril, e as relações entre os dois lados pioraram depois de uma guerra de 50 dias entre Israel e militantes do Hamas na Faixa de Gaza neste ano. Desde então, palestinos vêm dizendo que não veem outra opção para o reconhecimento do Estado a não ser a busca unilateral.

Diplomatas disseram que França, Grã-Bretanha e Alemanha estão preparando outro texto para pôr fim ao conflito. Essa iniciativa pode ser acelerada caso o esboço palestino ganhe força.

A França alertou na sexta-feira que reconheceria o Estado Palestino se o esforço internacional para impedir o impasse falhasse.

Parlamentares franceses realizarão uma votação simbólica em 2 de dezembro para decidir se o governo deve reconhecer os territórios palestinos como um país, após medidas similares de Suécia, Grã-Bretanha, Irlanda e Espanha.

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Cairo - Chanceleres árabes se reuniram neste sábado para escrever o esboço de uma resolução que estabelece um prazo para a criação do Estado palestino e define uma data para que a projeto seja apresentado ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas ( ONU ) para votação.

Em outubro, os palestinos informalmente compartilharam o esboço de uma resolução com os países árabes e alguns membros do Conselho pedindo o fim da ocupação israelense até novembro de 2016.

O texto não foi formalmente distribuído para o Conselho, que é formado por 15 nações, uma medida que só pode ser feita por um país membro. Não está claro se a resolução será colocada em votação.

Estados árabes já apoiaram a ideia de apresentar uma resolução ao Conselho de Segurança da ONU, mas ainda precisam finalizar o texto e definir uma data para apresentá-la.

Na abertura de uma sessão da Liga Árabe no Cairo, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou que a resolução será discutida “para ser entregue ao Conselho de Segurança”.

O chefe da Liga Árabe, Nabil al-Araby, aparentemente sugeriu que o texto final seria endossado e enviado para votação.

“É natural que a questão da Palestina vá para o Conselho de Segurança da ONU, para a emissão de uma resolução que estabeleça um prazo para o fim da ocupação”, afirmou.

Palestinos reivindicam um Estado na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza, sendo Jerusalém Oriental a capital. Essas terras foram capturadas por Israel na guerra de 1967.

Israel aceita a ideia de uma "solução de dois países", de um Estado palestino independente e democrático convivendo com o país judeu, mas não aceita as fronteiras de 1967 como base para as negociações finais, citando, entre outras coisas, preocupações com a segurança.

A última rodada de esforços para a construção de uma resolução conjunta fracassou em abril, e as relações entre os dois lados pioraram depois de uma guerra de 50 dias entre Israel e militantes do Hamas na Faixa de Gaza neste ano. Desde então, palestinos vêm dizendo que não veem outra opção para o reconhecimento do Estado a não ser a busca unilateral.

Diplomatas disseram que França, Grã-Bretanha e Alemanha estão preparando outro texto para pôr fim ao conflito. Essa iniciativa pode ser acelerada caso o esboço palestino ganhe força.

A França alertou na sexta-feira que reconheceria o Estado Palestino se o esforço internacional para impedir o impasse falhasse.

Parlamentares franceses realizarão uma votação simbólica em 2 de dezembro para decidir se o governo deve reconhecer os territórios palestinos como um país, após medidas similares de Suécia, Grã-Bretanha, Irlanda e Espanha.

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