Exame Logo

Pais de estudantes mexicanos farão greve de fome

Os parentes dos 43 estudantes desaparecidos no México há quase um ano começarão amanhã uma greve de fome, antes de serem recebidos pelo presidente do país

Parentes dos 43 estudantes mexicanos desaparecidos pedem justiça (Jesús Guerrero/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 22h52.

Cidade do México - Os parentes dos 43 estudantes desaparecidos no México há quase um ano começarão amanhã uma greve de fome, antes de serem recebidos na residência oficial de Los Pinos pelo presidente mexicano, Enrique Peña Nieto.

O jejum terá início às 19h (horário local, 21h de quarta-feira em Brasília) e duração de 43 horas, uma por cada um dos alunos da Escola Normal de Ayotzinapa que desapareceram em 26 de setembro na cidade de Iguala, no estado de Guerrero, após ser atacados por policiais.

Conforme disseram à Agência Efe fontes ligadas aos familiares, os pais viajarão à capital mexicana e se reunirão no Zócalo, onde permanecerão acampados durante o jejum, que acabará na próxima sexta-feira às 14h (horário local, 16 horas em Brasília). Na quinta-feira, eles irão a Los Pinos, onde serão recebidos por Peña Nieto em um encontro no qual estará presente o Grupo Interdisciplinar de Especialistas Independentes (GIEI) da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

A reunião com Peña Nieto e a presença do GIEI foi um dos pedidos que os pais fizeram depois de os analistas publicarem um relatório rejeitando a versão oficial oferecida pela promotoria mexicana sobre o ocorrido em 26 de setembro de 2014. Segundo essa versão, os jovens foram detidos por policiais e entregues a membros do cartel Guerreros Unidos, que os mataram e os incineraram no município de Cocula, perto de Iguala.

Entre outros motivos para não aceitar tal versão, os especialistas afirmam que se basearam em um estudo realizado pelo especialista em incêndios José Luis Torero, que negou a possibilidade que 43 pessoas terem sido queimadas nessa região até se tornarem cinzas.

No encontro com Peña Nieto, os parentes irão abordar a insatisfação na forma como o caso é conduzido e exigirão que as buscas sejam retomadas. O advogado do grupo, Vidulfo Rosales, disse que eles pedirão ao líder a criação de várias seções especializadas em torno do caso e a incorporação à investigação oficial das conclusões apresentadas pelo GIEI.

No próximo sábado, o desaparecimento completa um ano. Para lembrar a data está programada uma passeata entre Los Pinos e o Zócalo, no centro da capital mexicana.

Veja também

Cidade do México - Os parentes dos 43 estudantes desaparecidos no México há quase um ano começarão amanhã uma greve de fome, antes de serem recebidos na residência oficial de Los Pinos pelo presidente mexicano, Enrique Peña Nieto.

O jejum terá início às 19h (horário local, 21h de quarta-feira em Brasília) e duração de 43 horas, uma por cada um dos alunos da Escola Normal de Ayotzinapa que desapareceram em 26 de setembro na cidade de Iguala, no estado de Guerrero, após ser atacados por policiais.

Conforme disseram à Agência Efe fontes ligadas aos familiares, os pais viajarão à capital mexicana e se reunirão no Zócalo, onde permanecerão acampados durante o jejum, que acabará na próxima sexta-feira às 14h (horário local, 16 horas em Brasília). Na quinta-feira, eles irão a Los Pinos, onde serão recebidos por Peña Nieto em um encontro no qual estará presente o Grupo Interdisciplinar de Especialistas Independentes (GIEI) da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

A reunião com Peña Nieto e a presença do GIEI foi um dos pedidos que os pais fizeram depois de os analistas publicarem um relatório rejeitando a versão oficial oferecida pela promotoria mexicana sobre o ocorrido em 26 de setembro de 2014. Segundo essa versão, os jovens foram detidos por policiais e entregues a membros do cartel Guerreros Unidos, que os mataram e os incineraram no município de Cocula, perto de Iguala.

Entre outros motivos para não aceitar tal versão, os especialistas afirmam que se basearam em um estudo realizado pelo especialista em incêndios José Luis Torero, que negou a possibilidade que 43 pessoas terem sido queimadas nessa região até se tornarem cinzas.

No encontro com Peña Nieto, os parentes irão abordar a insatisfação na forma como o caso é conduzido e exigirão que as buscas sejam retomadas. O advogado do grupo, Vidulfo Rosales, disse que eles pedirão ao líder a criação de várias seções especializadas em torno do caso e a incorporação à investigação oficial das conclusões apresentadas pelo GIEI.

No próximo sábado, o desaparecimento completa um ano. Para lembrar a data está programada uma passeata entre Los Pinos e o Zócalo, no centro da capital mexicana.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaMéxicoMortesViolência urbana

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame