Mundo

OSCE vai enviar missão de monitoramento à Ucrânia

Objetivo da missão é contribuir "em todo o país... para reduzir as tensões e promover a paz, a estabilidade e a segurança"


	Soldado ucraniano monta guarda ao lado da vila de Salkovo, na região de Kherson, que fica ao lado da Crimeia
 (Valentyn Ogirenko/Reuters/Reprodução)

Soldado ucraniano monta guarda ao lado da vila de Salkovo, na região de Kherson, que fica ao lado da Crimeia (Valentyn Ogirenko/Reuters/Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2014 às 18h28.

Viena - A Rússia se juntou aos outros 56 membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) nesta sexta-feira em uma decisão por consenso para o envio de uma missão de monitoramento dessa entidade, voltada à promoção dos direitos humanos e à segurança, para ajudar a resolver a crise na Ucrânia.

O objetivo da missão é contribuir "em todo o país... para reduzir as tensões e promover a paz, a estabilidade e a segurança", diz o texto da decisão.

Mas no texto não menciona especificamente a Crimeia, província ucraniana anexada pela Rússia, não deixando claro se os observadores poderão alguma vez ir lá.

A decisão foi tomada depois do fracasso de várias tentativas nas últimas semanas de aprovação de missão semelhante para o país, uma ex-república soviética. Diplomatas ocidentais responsabilizam a Rússia pela demora em concordar com a missão.

A missão terá como base Kiev e será composta inicialmente de 100 monitores civis, mas esse número poderá depois chegar a 400. Eles serão inicialmente enviados para nove localidades fora de Kiev, incluindo Donetsk, uma grande cidade no leste da Ucrânia, com população majoritariamente de língua russa.

Os Estados Unidos disseram em um comunicado para a reunião extraordinária da OSCE: "A Crimeia é Ucrânia. Apenas um Estado participante finge que é outra coisa, e não Ucrânia".

"É claro que, com a aprovação da presente decisão, esta missão tem um mandado para trabalhar na Crimeia e em todas as outras partes da Ucrânia", disseram os norte-americanos.

No entanto, o embaixador russo Andrey Kelin afirmou que a Crimeia se tornou uma parte da Rússia. "Eles não têm permissão para lá", disse a repórteres após o encontro.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrise políticaEuropaGuerrasRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Daniel Noboa, presidente do Equador, será candidato a reeleição em 2025

3 pontos das primárias em Michigan que podem apontar os rumos das eleições nos EUA

Venezuela: oposição denuncia prisão de dois dirigentes e diz que "escalada de repressão deve parar"

Maduro receberá 'salvo-condutos' para deixar poder na Venezuela, diz líder da oposição

Mais na Exame