Os destinos mais perigosos para mulheres
O jornal inglês Daily Mail fez uma lista com os 10 destinos de férias mais perigosos do mundo para as mulheres, incluindo o Brasil
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 10h45.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h49.
São Paulo - O jornal inglês Daily Mail fez uma lista com os piores destinos de férias para as mulheres . Nesses locais, as viajantes do sexo feminino estão mais expostas a "misoginia, incômodos e, em casos extremos, perigo", diz o texto. "Há um número de locais de férias populares que podem não ser tão amigáveis às mulheres como você pensa", afirma o jornal. Um desses destinos é o Brasil, que aparece na segunda posição da lista. Segundo o jornal, o país "continua nas garras da violência generalizada das gangues criminosas e da polícia abusiva". Além disso, a publicação cita dados do Ministério da Saúde, que indicam o aumento de 157% dos casos de estupro entre 2009 e 2012, "estimulados pela cultura machista do país", segundo o jornal. Todos os países citados estão na África , Ásia e América Latina . Veja nas fotos acima quais os destinos turísticos mais perigosos para as mulheres, e alguns dos motivos elencados pelo Daily Mail.
O Daily Mail afirma que violações em grupo de mulheres locais e turistas vêm atingindo níveis preocupantes na Índia , com relatos sugerindo que uma agressão sexual acontece a cada 20 minutos no país. O caso de uma estudante japonesa, que foi drogada e estuprada no norte indiano, e um vídeo no qual uma cena de estupro coletivo foi gravado também são citados pelo jornal.
As imagens de mulheres com pouca roupa no carnaval do Rio "não mascaram o fato de que permanece o problema da violência de gangues criminosas e da polícia abusiva”, segundo a reportagem, que ainda cita o caso de uma americana que foi estuprada em um ônibus ao lado do namorado, na capital carioca. Apesar da ação das autoridades durante a Copa do Mundo, diz o texto, "estupros, violência de gênero e roubos de turistas continuam a ser um problema".
"A tentativa de estupro e assassinato da estudante de 20 anos de idade Ozgecan Aslan na semana passada empurrou a espinhosa questão da violência de gênero diretamente para as manchetes", diz o Daily Mail. O crime provocou dezenas de protestos em busca de uma conscientização sobre a violência contra as mulheres, que seria um tabu no país, segundo o jornal.
O Daily Mail cita o caso do assassinato de um casal de mochileiros britânicos no ano passado, sendo que a mulher foi estuprada, assim como a ameaça de prisão de uma estudante escocesa que também foi vítima de estupro. Citando um centro de informações de violência doméstica do país, o jornal diz que a violência contras as mulheres é um grande problema no país, impulsionada em parte pela disponibilidade de drogas e de álcool .
O país foi tomado por uma onda de violência contra as mulheres sem precedentes desde a revolução de 2011, segundo o Daily Mail, que cita a falta de policiais nas ruas, o que tem diminuído o número de turistas.
"A violência contra as mulheres ainda é generalizada, especialmente contra mulheres das áreas mais pobres", diz o texto, que ainda coloca Bogotá como uma das cidades com o transporte público mais inseguro do mundo. "Policiais corruptos também têm um histórico negativo quando se trata de proteger as mulheres", segundo o Daily Mail, citando a ONG Human Rights Watch.
O jornal britânico afirma que a África do Sul tem uma das mais altas taxas de estupro e agressão sexual, e assaltos com arma são comuns. "Mais de 66 crimes sexuais foram relatados em 2012-2013, uma taxa de 127 crimes sexuais por 100 mil habitantes", diz o texto.
O país tem um histórico pobre quando se trata de direitos das mulheres, segundo o Daily Mail. "Mulheres viajantes são aconselhadas a se vestir modestamente e se cobrir no país muçulmano conservador", afirma o jornal.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, diz o texto, "estupros violentos contra as mulheres que viajam em transporte público também são uma ameaça significativa". O jornal diz que o governo se esforça para proteger locais turísticos, mas relatos de crimes com armas e violência continuam.
O jornal diz, citando um estudo da ONU, que "mulheres de todas as idades, níveis de escolaridade e os grupos sociais, em ambientes rurais e urbanos, estão sujeitas a violência no Quênia". Uma pesquisa nacional também indicou que 32% das mulheres do país foram vítimas de violência sexual antes de atingirem a idade adulta, afirma o Daily Mail. "Sequestros e agressõe sexuais contra turistas também não são raros", conclui o texto.