Os 10 países com o ar mais poluído do mundo
Nestas regiões, a concentração de partículas poluentes na atmosfera ultrapassa em até 14 vezes o nível considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS); anualmente, a poluição do ar mata dois milhões de pessoas em todo o mundo
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 17h37.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h30.
São Paulo - Falta de ar, coriza, irritação na garganta, ardência nos olhos. A lista de problemas de saúde causados pela exposição diária à poluição nos grandes centros urbanos não para aí, e em casos mais graves, pode levar até a morte. Basta olhar para a imagem ao lado para ter ideia do sufoco que é viver sob uma massa espessa de fuligem liberada por indústrias e veículos. Segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar mata cerca de dois milhões de pessoas por ano no mundo.
Os principais agentes de irritações no sistema respiratório são as chamadas PM10, partículas inaláveis compostas por substâncias como dióxido de enxofre, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos, ozônio e chumbo. Para não oferecer riscos à saúde, a concentração anual dessas partículas na atmosfera deve ser de no máximo 20 microgramas por metro cúbico (20 ug/m3). No entanto, a média mundial é de 71 ug/m3. Em algumas regiões, essas taxas superam em até 14 vezes o nível indicado pela OMS. Confira a seguir, quem são os 10 países no mundo com o ar mais poluído.
Os principais agentes de irritações no sistema respiratório são as chamadas PM10, partículas inaláveis compostas por substâncias como dióxido de enxofre, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos, ozônio e chumbo. Para não oferecer riscos à saúde, a concentração anual dessas partículas na atmosfera deve ser de no máximo 20 microgramas por metro cúbico (20 ug/m3). No entanto, a média mundial é de 71 ug/m3. Em algumas regiões, essas taxas superam em até 14 vezes o nível indicado pela OMS. Confira a seguir, quem são os 10 países no mundo com o ar mais poluído.
Fronteiriça à Rússia, a Mongólia vive um paradoxo: ao mesmo tempo que é conhecida mundialmente como “A Terra do Céu Azul” também carrega o inglório título de país com o ar mais poluído do mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a concentração na atmosfera das partículas inaláveis de poeira, chamadas de PM10, chega a 279 microgramas por metro cúbico (ug/m3), nível quase 14 vezes superior à média mundial considerada sem risco à saúde pela OMS, de 20 ug/m3.
Entre as principais causas da poluição na Mongólia estão o processo acelerado de urbanização em suas principais cidades, incluindo a capital Ulan Bator, que concentra 38% da população do país, além da prática indiscriminada de queima de resíduos nos lixões a céu aberto e de carvão nas indústrias e lenhas nas residências. Durante os meses de inverno, a poluição do ar é tamanha que chega a afetar a decolagem e aterrissagem de aviões no aeroporto local.
Entre as principais causas da poluição na Mongólia estão o processo acelerado de urbanização em suas principais cidades, incluindo a capital Ulan Bator, que concentra 38% da população do país, além da prática indiscriminada de queima de resíduos nos lixões a céu aberto e de carvão nas indústrias e lenhas nas residências. Durante os meses de inverno, a poluição do ar é tamanha que chega a afetar a decolagem e aterrissagem de aviões no aeroporto local.
Este país africano medianamente industrializado ocupa uma zona árida, que tem ao sudoeste o deserto do Kalahari. Durantes verões intensos, as queimadas na vegetação são um problema comum; já nos meses secos de inverno, a atmosfera escurece com a poeira em suspensão.
A poluição do ar em Botsuana é comumente associada à atividade de mineração e a indústrias de fundição e niquelagem de matais, com cobre, fontes significativas de emissão de dióxido de enxofre, gás que aumenta a acidez da água da chuva. Outra fonte de poluição é o aumento crescente do uso de veículos no país. Segundo a OMS, a concentração anual de partículas PM10 no ar chega a 216 ug/m3, nível 11 vezes superior a taxa considerada segura.
A poluição do ar em Botsuana é comumente associada à atividade de mineração e a indústrias de fundição e niquelagem de matais, com cobre, fontes significativas de emissão de dióxido de enxofre, gás que aumenta a acidez da água da chuva. Outra fonte de poluição é o aumento crescente do uso de veículos no país. Segundo a OMS, a concentração anual de partículas PM10 no ar chega a 216 ug/m3, nível 11 vezes superior a taxa considerada segura.
Trânsito caótico e gente com máscara no rosto para se proteger da densa massa de poeira no ar são marcas do Paquistão, o terceiro país com a pior qualidade atmosférica do mundo, segundo a OMS.
A concentração de partículas de poeira em suspensão é de 198 ug/m3, nível quase 10 vezes acima da média considerada segura para a saúde humana. Na capital daprovíncia de Sind,Karachi, considerada a cidade mais populosa do país, estima-se que 35% da população enfrenta problemas de saúde relacionados à poluição.
A concentração de partículas de poeira em suspensão é de 198 ug/m3, nível quase 10 vezes acima da média considerada segura para a saúde humana. Na capital daprovíncia de Sind,Karachi, considerada a cidade mais populosa do país, estima-se que 35% da população enfrenta problemas de saúde relacionados à poluição.
No Senegal, como em outros países desta lista, o rápido desenvolvimento econômico na últimas décadas não veio acompanhado de um planejamento urbano adequado. É comum em comunidades rurais o uso de carvão e lenha, que liberam no ar fuligem com monóxido de carbono e compostos de enxofre.
Outra fonte de poluição atmosférica no Senegal que preocupa é a queima de combustível fóssil, que inclui derivados de petróleo e, em menor escala, de gás natural. Em média, a concentração anual de partículas PM10 no ar é de 145 ug/m3, nível sete vezes maior que o considerado seguro à saúde pela OMS.
Outra fonte de poluição atmosférica no Senegal que preocupa é a queima de combustível fóssil, que inclui derivados de petróleo e, em menor escala, de gás natural. Em média, a concentração anual de partículas PM10 no ar é de 145 ug/m3, nível sete vezes maior que o considerado seguro à saúde pela OMS.
O maior exportador de petróleo do mundo, com um quinto das reservas mundiais do óleo, a Arábia Saudita ocupa a quinta posição no ranking de países com o ar mais poluído. Sem surpresa, a poluição atmosférica neste país está associada à queima de combustíveis fósseis, provocada em grande media pelo crescimento da frota de veículos.
Em uma região de clima seco e sujeita a tempestades de deserto, a poluição do ar vira uma verdadeira bomba para saúde, causando complicações respiratórias. A concentração de partículas de PM10 no ar da Arábia Saudita fica registra média de 143 ug/m3, sete vezes acima do nível considerado seguro.
Em uma região de clima seco e sujeita a tempestades de deserto, a poluição do ar vira uma verdadeira bomba para saúde, causando complicações respiratórias. A concentração de partículas de PM10 no ar da Arábia Saudita fica registra média de 143 ug/m3, sete vezes acima do nível considerado seguro.
Berço de uma das mais antigas civilizações do mundo, o Egito é o sexto país com a pior qualidade atmosférica. A concentração anual de partículas PM10 no ar egípcio chega a 138 ug/m3, nível quase sete vezes superior ao considerado seguro para a saúde, segundo a OMS.
Entre as principais fontes de poluição no país encontram-se as indústrias, que emitem chumbo, gases e poeira de cimento, o transporte e a prática de queima de resíduos da agricultura – durante o outono, a capital Cairo sofre com a fuligem das queimadas de restos de cultura, como palha de arroz.
Entre as principais fontes de poluição no país encontram-se as indústrias, que emitem chumbo, gases e poeira de cimento, o transporte e a prática de queima de resíduos da agricultura – durante o outono, a capital Cairo sofre com a fuligem das queimadas de restos de cultura, como palha de arroz.
Dono da sexta maior reserva de petróleo do planeta, os Emirados Árabes experimentaram um grande desenvolvimento econômico nas últimas três décadas. O boom de indústrias do setor petroquímico e de gás teve como consequência a queda na qualidade do ar do país, que também luta contra os altos níveis de poluição pelo transporte. A média anual de concentração de partículas das partículas PM10 é de 132 ug/m3, nível seis vezes acima do considerado seguro pela OMS.
Além de figurar na oitava posição desta lista, o Irã também tem a cidade mais poluída do mundo, Ahvaz, que tem três vezes o nível média de poluição de todo o país. A situação é tão crítica, que já se tornou comum o decreto de feriado por causa de dias seguidos de atmosfera cinzenta. No Irã, a média de concentração anual de partículas PM10 é de 124 ug/m3, nível seis vezes acima do considerado seguro apara a saúde, segundo a OMS. Além das emissões das indústrias petroleiras, contribui para a poluição do ar a gasolina de baixa qualidade produzida no país e usado pela frota de veículos.
As espessa linha fumaça escura que borra o horizonte da capital comercial e financeira da Nigéria, Lagos, é o sinal mais evidente da gravidade da poluição atmosférica em uma das maiores cidades da África. O rápido desenvolvimento econômico, em parte pautado pela produção de petróleo, e a urbanização acelerada são alguns dos fatores que influenciam esse cenário ambiental negativo. Anualmente, o país registra uma concentração média de PM10 na atmosfera de 124 ug/m3, nível que extrapola em seis vezes a média considerada segura pela OMS.
Com uma indústria de petróleo que representa praticamente metade de seu PIB, o Kuwait é o décimo país com ar mais poluído do mundo. Além das emissões do setor petroquímico, o país peca pela falta de regras de controle de poluição veicular. A média anual da concentração de partículas PM10 em suspensão no ar chega a 123 ug/m3, nível seis vezes superior ao considerado seguro para saúde. Por conta disso, sua população sofre com problemas cardiorrespiratórios, especialmente os residentes em regiões vizinhas aos mega campos de petróleo do país.