Organização denuncia despejo de milhares de civis no Sinai
A Human Rights Watch mostra que, entre julho de 2013 e agosto de 2015, o Exército egípcio demoliu 3.255 edifícios e desalojou milhares de moradores
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2015 às 09h00.
A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou hoje (22) o “despejo forçado” de milhares de civis e a destruição de centenas de edifícios pelas autoridades egípcias para criar uma “zona segura” no norte da península do Sinai, na fronteira com Gaza .
Em relatório publicado nessa terça-feira, a organização de defesa de direitos humanos mostra que, entre julho de 2013 e agosto de 2015, o Exército egípcio demoliu 3.255 edifícios e desalojou milhares de moradores em uma área de 79 quilômetros quadrados, incluindo a localidade de Rafah, com 78 mil habitantes.
Foram destruídos 685 hectares de cultivo, privando os agricultores do seu meio de subsistência.
No relatório À procura de outra pátria, a HRW destaca que muitas famílias do norte do Sinai ficaram sem casa e foram separadas, vivendo agora em tendas em espaços abertos ou acampamentos informais, ou foram obrigadas a se retirar para áreas mais distantes, como o o Delta do Nilo ou o Cairo.
Tudo para, “presumivelmente, eliminar a ameaça dos túneis de contrabando” entre o território egípcio e Gaza, pelos quais é transportado todo tipo de produto, incluindo armamento, diz o documento. Para a HRW, a atuação do governo egípcio é “desproporcional”.
A organização norte-americana destacou que as autoridades egípcias não ofereceram provas de que, por meio desses túneis, os grupos radicais recebam armas e outro tipo de apoio.
A HRW assegurou que as retiradas começaram em julho de 2013, após o golpe militar que derrubou o então presidente Mohamed Morsi, e foram aceleradas em outubro de 2014, depois de um ataque contra as forças de segurança em que pelo menos 28 soldados morreram.
As Forças Armadas estão "demolindo arbitrariamente milhares de casas” e "destruindo bairros inteiros”. As ações começaram antes de o governo egípcio ter ordenado, por decreto, a criação de uma “zona segura” na fronteira, em novembro de 2014, segundo comprovou a organização em imagens de satélite.
A HEW denuncia ainda que o Egito não fez distinção entre edifícios civis e outros e empregou métodos pouco precisos para a demolição dos imóveis, como explosivos, maquinaria pesada e até o bombardeio com um tanque.
A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou hoje (22) o “despejo forçado” de milhares de civis e a destruição de centenas de edifícios pelas autoridades egípcias para criar uma “zona segura” no norte da península do Sinai, na fronteira com Gaza .
Em relatório publicado nessa terça-feira, a organização de defesa de direitos humanos mostra que, entre julho de 2013 e agosto de 2015, o Exército egípcio demoliu 3.255 edifícios e desalojou milhares de moradores em uma área de 79 quilômetros quadrados, incluindo a localidade de Rafah, com 78 mil habitantes.
Foram destruídos 685 hectares de cultivo, privando os agricultores do seu meio de subsistência.
No relatório À procura de outra pátria, a HRW destaca que muitas famílias do norte do Sinai ficaram sem casa e foram separadas, vivendo agora em tendas em espaços abertos ou acampamentos informais, ou foram obrigadas a se retirar para áreas mais distantes, como o o Delta do Nilo ou o Cairo.
Tudo para, “presumivelmente, eliminar a ameaça dos túneis de contrabando” entre o território egípcio e Gaza, pelos quais é transportado todo tipo de produto, incluindo armamento, diz o documento. Para a HRW, a atuação do governo egípcio é “desproporcional”.
A organização norte-americana destacou que as autoridades egípcias não ofereceram provas de que, por meio desses túneis, os grupos radicais recebam armas e outro tipo de apoio.
A HRW assegurou que as retiradas começaram em julho de 2013, após o golpe militar que derrubou o então presidente Mohamed Morsi, e foram aceleradas em outubro de 2014, depois de um ataque contra as forças de segurança em que pelo menos 28 soldados morreram.
As Forças Armadas estão "demolindo arbitrariamente milhares de casas” e "destruindo bairros inteiros”. As ações começaram antes de o governo egípcio ter ordenado, por decreto, a criação de uma “zona segura” na fronteira, em novembro de 2014, segundo comprovou a organização em imagens de satélite.
A HEW denuncia ainda que o Egito não fez distinção entre edifícios civis e outros e empregou métodos pouco precisos para a demolição dos imóveis, como explosivos, maquinaria pesada e até o bombardeio com um tanque.