Mundo

Organização acusa milícias por crimes de guerra na Líbia

Os conflitos na última semana foram os mais violentos na Líbia desde a guerra civil de 2011 que destituiu Muamar Kadafi


	Aeroporto de Trípoli: milícias ocuparam aeroporto e tomaram controle de boa parte da capital
 (Hani Amara/Reuters)

Aeroporto de Trípoli: milícias ocuparam aeroporto e tomaram controle de boa parte da capital (Hani Amara/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 17h41.

Cairo - A organização internacional Human Rights Watch acusou milícias na Líbia de cometerem crimes de guerra durante uma batalha no último mês por controle do aeroporto da capital, Trípoli.

As cinco semanas de luta, junto com um conflito paralelo entre militantes na segunda maior cidade do país, Benghazi, tiraram cerca de 100 mil libaneses de suas casas e levaram 150 mil estrangeiros a deixarem o país.

Os conflitos na última semana foram os mais violentos na Líbia desde a guerra civil de 2011 que destituiu Muamar Kadafi.

A batalha pelo aeroporto de Trípoli colocou milícias da cidade costeira de Misrata, aliadas aos islamistas libaneses, contra milicianos da cidade de Zintan.

Milícias de Misrata ocuparam o aeroporto e tomaram o controle de boa parte da capital.

A Human Rights Watch disse em relatório publicado nesta segunda-feira que ambos os lados cometerem graves violações durante o episódio, incluindo atacar civis, realizar bombardeios e destruição indiscriminados, saques e queima de propriedades.

Depois das batalhas, milicianos cometeram outras violações, realizando represálias contra civis que apoiavam seus rivais, disse a organização.

As milícias de Misrata atacaram uma estação de TV e jornalistas vistos como simpatizantes de seus oponentes, assim como um campo de residentes desalojados em uma cidade vizinha a Misrata que os milicianos acusam de apoiar Kadafi.

As milícias de Misrata também atacaram pelo menos 80 famílias de Zintan que moravam em Trípoli.

O relatório da Human Rights Watch vem após resolução do Conselho de Segurança da organização das Nações Unidas (ONU) em 27 de agosto que impôs sanções a pessoas engajadas em apoiar atos de "ameaça à paz, estabilidade e segurança na Líbia ou obstruírem ou atrapalharem o completo sucesso de sua política de transição".

Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaCrimeLíbiaViolência política

Mais de Mundo

Como Kamala Harris mexeu com os números da eleição nos EUA?

Chanceleres de Brasil, Colômbia e México cogitam ir à Venezuela para dialogar com Maduro e González

EUA vai enviar aeronaves de combate ao Oriente Médio em meio a ameaças do Irã e aliados a Israel

Sem citar EUA, Amorim critica ‘interferências’ na Venezuela: ‘Os latino-americanos têm que resolver’

Mais na Exame