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Ordem que limita acesso aos dados de Miranda é prorrogada

Advogados de David Miranda anunciaram acordo para prorrogar a ordem que limita o acesso aos dados contidos no material confiscado pela polícia britânica

David Miranda: ele foi detido durante nove horas em aeroporto e teve seu computador, telefone celular e outros dispositivos eletrônicos confiscados (Ricardo Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 09h19.

Londres - Os advogados de David Miranda, companheiro de Gleen Greenwald, jornalista que revelou uma trama de espionagem global dos Estados Unidos , anunciaram nesta sexta-feira um acordo para prorrogar a ordem judicial provisória que limita o acesso aos dados contidos no material que a polícia britânica confiscou do jovem no aeroporto de Heathrow em 18 de agosto.

Em uma audiência realizada hoje, a defesa de Miranda anunciou um acordo com os advogados que representam a polícia e o Ministério do Interior britânico por meio do qual ambas as partes aceitaram manter a sentença provisória dos juízes até a apreciação definitiva do caso, que ainda não tem data marcada.

Miranda, de 28 anos, foi detido durante nove horas no aeroporto de Heathrow, em Londres , e teve seu computador, telefone celular e outros dispositivos eletrônicos confiscados pela polícia.

No dia 23 de agosto, quatro dias depois, os representantes legais do brasileiro fizeram um pedido no Superior Tribunal de Londres para que as forças de segurança britânicas não pudessem acessar as informações que Miranda carregava.

A sentença provisória anunciada pelos juízes proibia as autoridades de "inspecionar, copiar ou compartilhar" a informação, mas abria uma exceção se o objetivo fosse "proteger a segurança nacional".

Quando foi detido em Londres, Miranda fazia escala procedente de Berlim, onde tinha recolhido arquivos entregues pela documentarista americana Laura Poitras. O jovem iria para o Rio de Janeiro, onde vive com Gleen Greenwald, que ao lado de Laura divulgou os documentos secretos enviados pelo ex-prestador de serviços da CIA Edward Snowden relativos à espionagem realizada pela Agência de Segurança Nacional (NSA) americana.

Na primeira audiência do caso, as autoridades britânicas contaram que tinham começado a examinar as informações levadas por Miranda diante das suspeitas de que poderiam comprometer a segurança do Reino Unido.

Em comunicado, um representante do Ministério do Interior disse hoje que os dados inspecionados até o momento não contém material "preparado por um jornalista nem pensado para sua publicação".

Segundo o porta-voz, o ministério não identificou até agora nenhuma "fonte jornalística" nos documentos de Miranda, apesar do jovem ter argumentado que era necessário impedir o acesso aos dados para proteger fontes jornalísticas.

"É possível confirmar que a divulgação desta informação poderia causar prejuízo à segurança nacional do Reino Unido", afirmou a nota.

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Londres - Os advogados de David Miranda, companheiro de Gleen Greenwald, jornalista que revelou uma trama de espionagem global dos Estados Unidos , anunciaram nesta sexta-feira um acordo para prorrogar a ordem judicial provisória que limita o acesso aos dados contidos no material que a polícia britânica confiscou do jovem no aeroporto de Heathrow em 18 de agosto.

Em uma audiência realizada hoje, a defesa de Miranda anunciou um acordo com os advogados que representam a polícia e o Ministério do Interior britânico por meio do qual ambas as partes aceitaram manter a sentença provisória dos juízes até a apreciação definitiva do caso, que ainda não tem data marcada.

Miranda, de 28 anos, foi detido durante nove horas no aeroporto de Heathrow, em Londres , e teve seu computador, telefone celular e outros dispositivos eletrônicos confiscados pela polícia.

No dia 23 de agosto, quatro dias depois, os representantes legais do brasileiro fizeram um pedido no Superior Tribunal de Londres para que as forças de segurança britânicas não pudessem acessar as informações que Miranda carregava.

A sentença provisória anunciada pelos juízes proibia as autoridades de "inspecionar, copiar ou compartilhar" a informação, mas abria uma exceção se o objetivo fosse "proteger a segurança nacional".

Quando foi detido em Londres, Miranda fazia escala procedente de Berlim, onde tinha recolhido arquivos entregues pela documentarista americana Laura Poitras. O jovem iria para o Rio de Janeiro, onde vive com Gleen Greenwald, que ao lado de Laura divulgou os documentos secretos enviados pelo ex-prestador de serviços da CIA Edward Snowden relativos à espionagem realizada pela Agência de Segurança Nacional (NSA) americana.

Na primeira audiência do caso, as autoridades britânicas contaram que tinham começado a examinar as informações levadas por Miranda diante das suspeitas de que poderiam comprometer a segurança do Reino Unido.

Em comunicado, um representante do Ministério do Interior disse hoje que os dados inspecionados até o momento não contém material "preparado por um jornalista nem pensado para sua publicação".

Segundo o porta-voz, o ministério não identificou até agora nenhuma "fonte jornalística" nos documentos de Miranda, apesar do jovem ter argumentado que era necessário impedir o acesso aos dados para proteger fontes jornalísticas.

"É possível confirmar que a divulgação desta informação poderia causar prejuízo à segurança nacional do Reino Unido", afirmou a nota.

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