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Opositores sírios propõem governo nas "zonas liberadas"

O CNS pede que a Coalizão "forme um governo interino que deve ter a garantia de que será reconhecido pela comunidade internacional"

Presidente sírio Bashar al-Assad: o CNS planeja "o afastamento de Bashar al-Assad e das autoridades de seu regime". (SANA/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 14h54.

Beirute - O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal integrante da Coalizão opositora, propôs um plano de transição prevendo a formação de um governo interino nas zonas "liberadas", segundo uma cópia deste plano ao qual a AFP teve acesso nesta quarta-feira.

O CNS pede que a Coalizão "forme um governo interino que deve ter a garantia de que será reconhecido pela comunidade internacional".

Esse gabinete, indica o CNS, exercerá suas atividades "nas zonas liberadas", em poder dos rebeldes, que mantêm forte presença no leste e no norte da Síria , depois de mais de 21 meses de uma revolta que se transformou em uma guerra civil.

Esse governo, que terá "todos os poderes executivos", deve ser composto de "pessoas patriotas e revolucionárias comprometidas com os objetivos da revolução em conformidade com as exigências da Coalizão".

Este plano prevê ainda um acordo entre as diferentes facções da oposição armada "e os oficiais do Exército governamental que não têm sangue sírio em suas mãos para organizar um cessar-fogo, a volta do Exército às suas bases e a integração dos revolucionários no Exército e nas forças policiais".

Em seguida, o CNS planeja "o afastamento de Bashar al-Assad e das autoridades de seu regime", depois, a demissão do governo e a dissolução do Parlamento e dos serviços de segurança, "à exceção da polícia", assim como a demissão dos chefes das Forças Armadas, e a dissolução da "4ª Divisão e da Guarda Republicana".


A 4ª Divisão do 1º Corpo do Exército, encarregado da defesa de Damasco, é comandada pelo coronel Maher al-Assad (44 anos), irmão do presidente, enquanto a Guarda Republicana é considerada a unidade de elite do regime.

O plano prevê ainda uma conferência nacional aberta a "todas as forças políticas e revolucionárias e a todos os componentes da sociedade sem exceção" que deve durar "no máximo um mês a contar da queda do regime".

Ela deverá registrar os "crimes cometidos" pelo regime e, sem seguida, formar uma "comissão de verdade, a justiça e reconciliação nacional".

O presidente Assad propôs no domingo um plano para acabar com 21 meses de conflito estabelecendo o fim das operações militares, seguido de um diálogo nacional mediado pelo "governo atual". Mas o chefe de Estado afirmou não ter encontrado até o momento um "parceiro" para esse diálogo.

Apesar da rejeição categórica a esse plano pela oposição no exterior e pela oposição tolerada de Damasco, o governo iniciou "uma sessão permanente" para estabelecer os mecanismos de aplicação desse mapa do caminho.

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O CNS pede que a Coalizão "forme um governo interino que deve ter a garantia de que será reconhecido pela comunidade internacional".

Esse gabinete, indica o CNS, exercerá suas atividades "nas zonas liberadas", em poder dos rebeldes, que mantêm forte presença no leste e no norte da Síria , depois de mais de 21 meses de uma revolta que se transformou em uma guerra civil.

Esse governo, que terá "todos os poderes executivos", deve ser composto de "pessoas patriotas e revolucionárias comprometidas com os objetivos da revolução em conformidade com as exigências da Coalizão".

Este plano prevê ainda um acordo entre as diferentes facções da oposição armada "e os oficiais do Exército governamental que não têm sangue sírio em suas mãos para organizar um cessar-fogo, a volta do Exército às suas bases e a integração dos revolucionários no Exército e nas forças policiais".

Em seguida, o CNS planeja "o afastamento de Bashar al-Assad e das autoridades de seu regime", depois, a demissão do governo e a dissolução do Parlamento e dos serviços de segurança, "à exceção da polícia", assim como a demissão dos chefes das Forças Armadas, e a dissolução da "4ª Divisão e da Guarda Republicana".


A 4ª Divisão do 1º Corpo do Exército, encarregado da defesa de Damasco, é comandada pelo coronel Maher al-Assad (44 anos), irmão do presidente, enquanto a Guarda Republicana é considerada a unidade de elite do regime.

O plano prevê ainda uma conferência nacional aberta a "todas as forças políticas e revolucionárias e a todos os componentes da sociedade sem exceção" que deve durar "no máximo um mês a contar da queda do regime".

Ela deverá registrar os "crimes cometidos" pelo regime e, sem seguida, formar uma "comissão de verdade, a justiça e reconciliação nacional".

O presidente Assad propôs no domingo um plano para acabar com 21 meses de conflito estabelecendo o fim das operações militares, seguido de um diálogo nacional mediado pelo "governo atual". Mas o chefe de Estado afirmou não ter encontrado até o momento um "parceiro" para esse diálogo.

Apesar da rejeição categórica a esse plano pela oposição no exterior e pela oposição tolerada de Damasco, o governo iniciou "uma sessão permanente" para estabelecer os mecanismos de aplicação desse mapa do caminho.

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