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Opositor russo propõe alternativa para vencer Putin em 2018

Sergei Udaltsov, que saiu da prisão após 4 anos e meio, chamou comunistas e social-democratas a se aliarem para vencer o atual líder russo

Sergei Udaltsov: ele antecipou que não desistiu de participar de outros protestos antigovernamentais antes das eleições (Kirill Kudryavtsev/AFP)
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EFE

Publicado em 10 de agosto de 2017 às 10h32.

Moscou - O opositor russo Sergei Udaltsov, que ganhou liberdade nesta semana após cumprir quatro anos e meio de prisão, propôs nesta quinta-feira uma alternativa de esquerda para enfrentar o líder russo, Vladimir Putin , nas eleições presidenciais de março de 2018.

"Na Rússia há demanda de uma terceira força, de esquerda e patriótica. O nosso presidente não quer ou não pode pôr no seu lugar uma elite descontrolada. Os pobres são mais pobres e os ricos mais ricos", disse Udaltsov em coletiva de imprensa.

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Líder da Frente de Esquerdas, uma das organizações mais radicais da oposição russa, Udaltsov chamou comunistas e social-democratas a se aliarem e apresentarem uma candidatura única.

"Mas deve ser uma cara nova. Acredito que serão realizadas as primárias e apresentem um candidato forte e mais jovem", sublinhou, em alusão a fato de o líder do Partido Comunista Russo, Guennadi Ziuganov, ter 73 anos.

Udaltsov antecipou que não desistiu de participar de outros protestos antigovernamentais antes das eleições e chamou os comunistas a realizarem uma ação nacional no dia 7 de novembro, por ocasião do centenário da Revolução Bolchevique.

"Estes quatro anos e meio (de prisão) não mudaram de modo algum a minha postura vital, minha visão de mundo e a minha relação com as atuais autoridades", sublinhou.

Udaltsov não economizou críticas para o líder da oposição russa, Serguei Navalny, considerado o único politico opositor que pode fazer sombra a Putin.

"Não vou apoiar Navalny. Não é o meu candidato. A excessiva confiança nas pessoas e as provocações do poder me conduziram à prisão. Perdi 4,5 anos de vida. Não cometerei o mesmo erro", comentou.

Udaltsov, que foi condenado por organizar desordens em 6 de maio de 2012 às vésperas da posse de Putin, acusou as autoridades de orquestrar os distúrbios.

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