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Oposição volta às ruas por referendo contra Maduro

A oposição exige que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) defina as datas e procedimentos para dar continuidade a ratificação das assinaturas

Venezuela: a oposição exige que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) defina as datas e procedimentos para dar continuidade a ratificação das assinaturas (John Moore / Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2016 às 09h45.

A oposição venezuelana retorna nesta segunda-feira às ruas, já tensas em razão da escassez de alimentos, para exigir um referendo revogatório contra o presidente Nicolas Maduro , no momento em que as autoridades eleitorais se reúnem para definir se o processo avançará.

Sob o lema "A minha assinatura vale", a opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) convocou uma manifestação nesta segunda e terça-feira em frente à sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em Caracas e outras cidades.

"Essa será a resposta popular ao cinismo dos agentes eleitorais (...), às violações repetidas, ao uso da CNE como bloqueio para adiar as eleições", ressaltou a coalizão em um comunicado.

A MUD convocou a mobilização após o CNE, a quem acusa de responder ao governo, cancelar na quinta-feira um evento importante, durante o qual informaria se a oposição recolheu um mínimo de 200.000 assinaturas válidas de 1,8 milhões apresentadas para ativar o referendo.

A oposição exige que o CNE defina as datas e procedimentos para dar continuidade a ratificação das assinaturas. Uma vez concluída essa etapa de ativação, a MUD deverá recolher quatro milhões de assinaturas para convocar um referendo.

A oposição quer que o processo se acelere, porque se o referendo for realizado antes de 2017, quando completa quatro anos de mandato do atual governo, e que Maduro seja derrotado, novas eleições deverão ser convocadas.

Apesar da convocação da mobilização esta semana, as manifestações correm o risco de não acontecer, uma vez que suas marchas anteriores foram bloqueadas pela polícia e em meio aos temores de violência, como aconteceu em 2014 quando 43 pessoas morreram.

Mais ocupados com as dificuldades diárias, os venezuelanos expressam o seu descontentamento com a situação política e econômica em longas filas que fazem para comprar comida subsidiada.

"Eu tenho me calado (suportado) duas filas para conseguir arroz e açúcar", reclarou Eneuris Cantillo, uma ascensorista de 46 anos em uma fila em Chacao (leste).

O país sofre uma grave crise agravada pela queda do preço do petróleo - responsável por 96% de suas divisas - que tem refletido em uma escassez de 80% dos produtos básicos, e uma inflação de 180,9% em 2015, a mais alta do mundo.

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Sob o lema "A minha assinatura vale", a opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) convocou uma manifestação nesta segunda e terça-feira em frente à sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em Caracas e outras cidades.

"Essa será a resposta popular ao cinismo dos agentes eleitorais (...), às violações repetidas, ao uso da CNE como bloqueio para adiar as eleições", ressaltou a coalizão em um comunicado.

A MUD convocou a mobilização após o CNE, a quem acusa de responder ao governo, cancelar na quinta-feira um evento importante, durante o qual informaria se a oposição recolheu um mínimo de 200.000 assinaturas válidas de 1,8 milhões apresentadas para ativar o referendo.

A oposição exige que o CNE defina as datas e procedimentos para dar continuidade a ratificação das assinaturas. Uma vez concluída essa etapa de ativação, a MUD deverá recolher quatro milhões de assinaturas para convocar um referendo.

A oposição quer que o processo se acelere, porque se o referendo for realizado antes de 2017, quando completa quatro anos de mandato do atual governo, e que Maduro seja derrotado, novas eleições deverão ser convocadas.

Apesar da convocação da mobilização esta semana, as manifestações correm o risco de não acontecer, uma vez que suas marchas anteriores foram bloqueadas pela polícia e em meio aos temores de violência, como aconteceu em 2014 quando 43 pessoas morreram.

Mais ocupados com as dificuldades diárias, os venezuelanos expressam o seu descontentamento com a situação política e econômica em longas filas que fazem para comprar comida subsidiada.

"Eu tenho me calado (suportado) duas filas para conseguir arroz e açúcar", reclarou Eneuris Cantillo, uma ascensorista de 46 anos em uma fila em Chacao (leste).

O país sofre uma grave crise agravada pela queda do preço do petróleo - responsável por 96% de suas divisas - que tem refletido em uma escassez de 80% dos produtos básicos, e uma inflação de 180,9% em 2015, a mais alta do mundo.

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